O Cras Pedrinhas e o Centro de Convivência do Idoso promoveram um debate nessa terça-feira (25), data em que se comemora o Dia Internacional de Combate à Alienação Parental. A roda de conversa faz parte de uma série de ações promovidas pelo Cras, com o objetivo de conscientizar a população a respeito das violências sofridas por crianças e adolescentes.
A alienação parental ocorre quando uma pessoa interfere na formação psicológica de uma criança ou adolescente, prejudicando de alguma forma a relação dela com os pais. A alienação pode ser induzida pelos próprios genitores, avós ou pessoas do convívio social da criança que possuam alguma influência sobre ela.
A roda de conversa contou com a participação da psicóloga e mediadora de conflitos, Marília Brito, e da advogada e técnica da Rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente, Alessandra Pacheco. “A maior parte dos casos que se tipificam como alienação parental são feitos pelos pais sem que eles sequer saibam que estão cometendo um ato de violência com os seus filhos. Então, informar e esclarecer as dúvidas das pessoas é uma forma de fazer com que elas mudem de comportamento”, diz a psicóloga Marília, reforçando a importância desse tipo de ação com a comunidade.
O encontro, além de discutir os impactos psicológicos e sociais da alienação parental, também passou informações sobre a Lei nº 12.318 de 2010, que versa sobre o tema. De acordo com a advogada Alessandra Pacheco, a lei muitas vezes não chega a todos, e quando chega é de forma muito complexa. “Esse espaço é para que possamos trazer essas informações de forma didática e tirar as dúvidas das pessoas”, enfatizou.
Ordelina Santos, que esteve presente na roda de conversa, já é avó, mas salienta a importância de estar nesses espaços para que possa aprender e participar positivamente da criação dos netos. “Estar aqui hoje me fez aprender mais sobre a violência praticada contra crianças e adolescentes e isso é importante para que eu tenha um convívio cada vez melhor com os meus netos”, afirmou a idosa.