Meio Ambiente Rio Grande do Sul
Fepam faz a primeira coleta para o monitoramento de agrotóxicos na Bacia do Gravataí
A primeira coleta de água para o monitoramento de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Rio Gravataí, na Região Metropolitana, foi realizada pela Fu...
18/04/2023 19h45
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom RS
Coleta tem apoio do Comando Ambiental da BM, que cede um barco para a equipe chegar a pontos de difícil acesso -Foto: Divulgação Fepam

A primeira coleta de água para o monitoramento de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Rio Gravataí, na Região Metropolitana, foi realizada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) nesta terça-feira (18/4).

“Iniciamos hoje um importante trabalho que dará subsídio para conhecermos a realidade da Bacia do Rio Gravataí com relação ao uso de agrotóxicos. A partir dos resultados, será possível alinhar estratégias e colaborar com as políticas públicas que o Estado desenvolve para a recuperação deste curso hídrico e para ações que envolvam boas práticas agrícolas”, salientou o presidente da Fepam, Renato Chagas.

Houve coletas nos municípios de Cachoeirinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, Glorinha e Viamão. O trabalho contou com o apoio do Comando Ambiental da Brigada Militar, que disponibilizou um barco para a equipe realizar a coleta em pontos de difícil acesso.

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O projeto foi aprovado em setembro de 2022, após assinatura de um termo de cooperação entre a Fepam e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o qual destinou R$ 752 mil do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados para o monitoramento da bacia hidrográfica.

“Esse monitoramento é de suma importância, uma vez que é um projeto pioneiro no Estado. O primeiro passo são as coletas. Após, as análises serão realizadas pelas equipes da Fepam e por um laboratório terceirizado especializado”, explica a chefe da Divisão de Planejamento Ambiental da fundação, Claudia Bos Wolff.

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Além dos técnicos da Fepam, integrantes do Comitê de Bacias, de servidores da Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande e do grupo de Ictiofauna da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura participaram das coletas.

A previsão é de que o primeiro resultado saia em até três meses, após verificação acerca da presença de mais de 80 produtos. Caso haja algum parâmetro fora dos limites permitidos, órgãos do Estado serão acionados.

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As coletas ocorrerão mensalmente, pelo período de dois anos, tempo de duração do termo de cooperação. 

Monitoramento do Alto Jacuí

A Fepam e o MPRS assinaram, em 5 de abril, um termo de cooperação a fim de destinar R$ 852,4 mil para ações de monitoramento de agrotóxicos na bacia hidrográfica do Alto Jacuí. O recurso destina-se a coletas e análises da água em oito estações de amostragem da bacia.

Com os trabalhos, será possível monitorar e traçar um perfil em termos de potencial de resíduos de agrotóxicos nesses cursos hídricos, além de mapear os trechos e os períodos mais críticos.

O trabalho faz parte do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água da Fepam, que existe desde a década de 1990. Em 2016, foi firmado um convênio com o Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua), por meio do qual a fundação vem expandindo a Rede Estadual de Monitoramento da Qualidade da Água (Rede Básica do RS).

Atualmente, a Rede Básica do RS conta com 221 estações de monitoramento em operação, abrangendo as regiões hidrográficas Guaíba, Litoral e Uruguai. A periodicidade e os parâmetros analisados são os definidos no programa Qualiágua.

Texto: Jéferson Cardoso/Ascom Fepam
Edição: Vitor Necchi/Secom