Neste 31 de março Fritz Müller faria 201 anos. Um dos mais importantes cientistas do século XIX, as pesquisas do naturalista alemão radicado em Santa Catarina foram fundamentais para Charles Darwin consolidar a teoria da evolução das espécies por meio da seleção natural.
Müller nasceu em um vilarejo na Alemanha. Professor, pesquisador, naturalista e ateu, aos 30 anos ele emigrou para a Colônia Blumenau, onde foi colono por quatro anos. Em 1856, em Desterro, tornou-se professor do Liceu Provincial, escola semelhante ao Ensino Básico atual. Voltaria para Blumenau 11 anos depois, onde viveu até sua morte.
Conheça alguns fatos e histórias de sua vida com base em uma reportagem especial publicada pela Revista Fapesc.
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- Suas pesquisas com crustáceos, como caranguejos e camarões, realizadas onde hoje é a Beira-Mar Norte, em Florianópolis, ajudaram Charles Darwin a consolidar a teoria da evolução das espécies por meio da seleção natural;
- Darwin e Müller trocam correspondências, com informações sobre pesquisas. O pai da evolução chamava Müller de “o príncipe dos observadores”;
- As pesquisas de Fritz Müller começaram a ser apresentadas no livro A Origem das Espécies a partir da 4ª edição. Müller é o terceiro cientista mais citado na sexta e última edição da obra, com 19 menções.
- Tornou-se doutor em Filosofia, em um tempo em que esta disciplina reunia grande parte do conhecimento. Focou, sobretudo, em História Natural e Matemática.
- Também cursou Medicina, mas não recebeu o diploma. Por ser ateu, negou-se a pronunciar juramento que continha o trecho “Assim me ajudem Deus e o sacrossanto evangélio”.
- Publicou 264 trabalhos científicos sobre diversos temas;
- Teve nove filhas. Ensinou-as a nadar, preocupado com as enchentes em Blumenau, e se dedicou à educação delas. O único menino morreu logo após nascer, em Desterro, o que deixou Fritz Müller bastante desolado;
- Propôs um tipo de mimetismo onde gêneros de borboletas diferentes ficaram parecidas por meio da seleção natural. A teoria foi chamada de Mimetismo Mülleriano.
- Foi superintendente de Blumenau, cargo equivalente ao de prefeito, por 27 dias.
- Chegou a ser preso por traição durante a Revolução Federalista – após um confronto entre federalistas e republicanos, ele, como médico, socorreu os feridos.
Quer saber mais? Leia a reportagem publicada na Revista Fapesc. Clique aqui
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Maurício Frighetto
Assessoria de Imprensa
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC – Fapesc
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