Meio Ambiente Dia Mundial da Água
Câmara de Salvador realiza debate com o tema “Dia Mundial da Água: Fonte de vida para os povos e para a natureza”.
Sessão especial reúne movimentos sociais e sociedade civil para alertar a urgência de entender a água como prioridade nas políticas públicas ambientais e como direito essencial à vida.
15/03/2022 20h42
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Da Assessoria Hieros Vasconcellos
Solicitada pela vereadora Marta Rodrigues (PT), a sessão acontecerá em formato virtual, por meio da plataforma Zoom. Foto: Card divulgação

A Câmara Municipal de Salvador irá realizar, na quinta-feira (17), às 14h30, a sessão especial em Homenagem ao Dia da Água: “Fonte de vida para os povos e para a natureza”, comemorado todo 22 de março.  Com a participação de movimentos sociais e setores da sociedade civil, o evento discutirá o momento atual em que se vivencia com a urgência das gestões públicas colocarem a água como prioridade nas políticas ambientais e urbanas e defender  o uso sustentável das águas pelas comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas, fundos e fechos de pasto. 

Solicitada pela vereadora Marta Rodrigues (PT), a sessão acontecerá em formato virtual, por meio da plataforma Zoom (ver link abaixo), transmitida pelas redes sociais (www.facebook.com/tveradiocam) e pela TV CAM (Canal 12.3). O objetivo é chamar atenção para o  retrocesso que está por vir com os avanços da mercantilização da água, acarretando graves danos para a população e retirando o  direito universal e público à água para a população, principalmente aquela com menor poder aquisitivo.  

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sindae), Grigorio Rocha, afirma que a sessão também pretende discutir o Marco do Saneamento, lei que  cria um tipo de constrangimento aos municípios ao tentar força-los pela privatização da água.

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“Fundamental este debate de garantir que o saneamento continue público, até porque a privatização resultará em prejuízos imensos para a população e diversos povos. Defendemos a resolução da ONU que declara a água como bem essencial a vida, como direitos humanos essenciais enquanto de outro lado estão aqueles que querem impor a água como mercadoria, que deve ser cotada como comodittie no mercado internacional e transformada em produto de mercado, por isso só terá acesso a quem puder pagar”, pontua. 

Segundo a vereadora Marta Rodrigues, a sessão não é só uma homenagem ao Dia Mundial da Água, mas um debate político que precisa estar urgentemente inserido nas gestões públicas através de projetos, políticas municipais e diálogo com especialistas. “Por isso a importância de acontecer dentro de um espaço institucional como a Câmara Municipal.

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A gestão da água e de saneamento deve ser público e não pode comprometer o fluxo natural do meio-ambiente como vem ocorrendo de maneira desordenada, pois os resultados são o agravamento de enchentes, deslizamentos de terra, necessidade de encostas, alagamentos. Salvador fica um caos, e no Brasil, estamos vendo diversas tragédias provocadas pelas chuvas e pelo mau tratamento dado à água e seus mananciais”, declarou. 

Já Julliano Ribeiro, diretor do Sindae, explica que  Estado deve ser responsável pela preservação e sustentabilidade das bacias hidrográficas para seu uso, fruição e benefício para as atuais e futuras gerações. “Além disso, defendemos que as comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas, fundo e fecho de pastos devem consentir prévia e livremente sobre o uso sustentável de suas águas na Bahia”, acrescenta. 

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Para Edmilson Barbosa, diretor de políticas sindicais do Sindae, o debate amplo com a sociedade diante do momento vivenciado e da ameaça que diversos povos terão para acessar a água. “É um tema que deve ser pensado também pelas grandes cidades, onde os principais mananciais estão degradados. Estamos perdendo nossas principais fontes de água potável com o crescimento desordenado das cidades no país e no mundo”, diz Edmilson Barbosa, diretor de políticas sindicais do Sindae. 

Os movimentos sociais e setores da sociedade civil alertam ainda para a necessidade de combater o racismo ambiental.   “Exemplo nítido são nas cidades,  onde bairros  com melhor poder aquisitivo dispõe de melhor infraestrutura no saneamento básico e ambiental, mas o que não ocorre nos bairros periféricos.  Não adianta investir 700 milhões para tornar Barra bairro modelo e saber com uma região periférica que tem sequer uma coleta de resíduos sólidos”, concluem. 

Participe:

Zoom: https://zoom.us/j/81596602947

TV Câmara: Canal 12.3 

Facebook: www.facebook.com/tveradiocam

Dia: 17 de março às 14h30 (quinta-feira)