A vereadora Marta Rodrigues (PT), presidenta da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia da Câmara Municipal de Salvador, disse que as falas do vereador Sandro Fantinel (Patriota), de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, além de repletas de xenofobia e racismo, mostram o que há de pior no parlamento, consequência de uma sociedade ainda marcada pelo preconceito e pela perversa herança escravagista e colonialista.
“São declarações criminosas que expõem o que há de pior na nossa sociedade e que acaba indo para o parlamento que é essa herança escravagista, colonialista, racista. O vereador em questão não deveria mais exercer um cargo público, pois sua postura e posição vão de encontro a todos nossos princípios constitucionais e democráticos. É repugnante promover o discurso de ódio ainda mais utilizando do cargo público”, disse.
O vereador gaúcho fez um discurso na Câmara de Caxias do Sul defendendo o trabalho análogo a escravidão descoberto em vinícolas na Serra Gaúcha e disse que os baianos — grande parte dos trabalhadores resgatados, “só sabem ficar na praia e tocar tambor”.
Para Marta, o vereador é um exemplo dos resquícios da Casa Grande.
“Continuaremos na luta
por uma sociedade com equidade racial, direitos e respeito. Quem conhece a história sabe a importância do povo negro, indígena, baiano e nordestino”. Concluiu.