Nessa quarta-feira (21), durante reunião no Palácio da Abolição, a Comissão Especial da Transição Energética Justa e Inclusiva definiu os grupos de trabalho rumo a corrida para o zero carbono em 2050 e para a descarbonização do Estado nas próximas décadas. As definições estão alinhadas com as recentes conferências do clima e biodiversidade, COP-27 e COP-15.
Joaquim Rolim, presidente da Câmara Setorial de Energias, da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), ocupará a função de secretário executivo da Comissão Especial.
A Comissão tem como objetivo fazer o ordenamento da transição energética justa, com foco no hidrogênio verde, ao longo das próximas décadas, com diálogos abertos e transparentes com a sociedade.
Os grupos de trabalho definidos são Aço Verde, Cimento Verde, Térmicas Verdes, Hidrogênio Verde, Plano de Biomassa, Transporte Verde, Plano da Administração Pública na transição energética e Integração do Programa Renda do Sol.
Cada grupo de trabalho será coordenado por um colaborador de uma das secretarias participantes da Comissão, como a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece).
O presidente da Comissão, Célio Fernando Bezerra Melo, secretário executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil, destacou algumas das ações já desenvolvidas pelo Governo do Ceará, como a assinatura de 24 memorandos de entendimento e 3 pré-contratos sobre Hidrogênio Verde, a adesão ao Race to Zero (para zerar a emissão de carbono), a criação do programa Renda do Sol e a criação, ainda em 2017, do Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída. Somados a essas iniciativas, os compromissos assumidos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS.
“Falamos sobre indústria siderúrgica, o aço verde, cimento verde, termelétricas e suas concessões, da questão dos transportes verdes, mobilidade no transporte verde, sobre como os carros poderão ter energia não fóssil. E para todos esses casos nós estamos discutindo um período de adaptação para esse novo ambiente, onde nós temos uma estratégia climática global em um horizonte de, pelo menos, 20 anos, ou seja, em 2042 o Ceará ter avançado fortemente diante das mudanças climáticas e aumento da temperatura global. É de suma importância poder trabalhar nessa direção, uma vez que somos signatários do Race to Zero, a corrida para o zero carbono em 2050. Que nós tenhamos nossas metas ao longo do tempo nas diversas indústrias e diversos segmentos da economia cearense, isso muito alinhado com a visão de termos um desenvolvimento sustentável, realmente, considerando os aspectos ambientais e socioeconômicos ”, destacou Célio Fernando.