Política BAHIA
Depois que Wagner comunicou ao PT que não será candidato, Comitê Estadual do Diálogo e Ação Petista da Bahia emite nota.
O Partido dos Trabalhadores da Bahia discutiu a tática eleitoral de 2022 em reunião extraordinária com a presença do senador Jaques Wagner, deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores e dirigentes na tarde da segunda-feira, 27. Na ocasião, Wagner anunciou às lideranças sua decisão política de não concorrer ao Governo do Estado. A partir de agora, o Diretório Estadual passará a debater a nova tática eleitoral.
01/03/2022 19h45 Atualizada há 3 anos
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Comitê Estadual do Diálogo e Ação Petista da Bahia e Ascom PT Bahia
Wagner: “A retirada da minha candidatura não implica na retirada da candidatura do (PT). Foto: Divulgação Ascom PT Bahia.

O presidente do (PT) Bahia, Éden Valadares, comentou a reunião: “É claro que respeitamos a decisão do companheiro Wagner, mas não a recebemos com alegria. Nossas instâncias se reunirão intensamente nos próximos dias para atualizar nossa posição”.

Os dirigentes petistas reafirmaram decisão do sétimo Congresso do (PT) que aponta para a presença do Partido encabeçando a chapa majoritária. “Nossa decisão será fruto do debate interno, mas também do imprescindível diálogo com os demais partidos e lideranças da base, como Otto, Leão, Lídice e PCdoB”, ressaltou Éden.

Wagner: “A retirada da minha candidatura não implica na retirada da candidatura do (PT). Quem decidirá se terá candidatura ou não, não sou eu, será o Partido”, afirmou Wagner, que falou sobre a importância da união dos partidos na Bahia para as eleições deste ano. 

Continua após a publicidade
google.com, pub-9319522921342289, DIRECT, f08c47fec0942fa0

Diante da decisão do senador petista, vários diretórios municipais do partido, lideranças e movimentos lançaram nota em apoio a candidatura do senador e do PT no estado para a majoritária.  

O Comitê Estadual do Diálogo e Ação Petista da Bahia declarou que: A Executiva Estadual do (PT) Bahia se reuniu hoje com o senador Jaques Wagner que informou sua decisão de não ser mais candidato do (PT) ao governo do estado. Após um longo debate, no entanto, não foi adotada nenhuma resolução, o que é ruim, pois a confusão prossegue. Mesmo com muitos oradores de basicamente todas as forças terem defendido a candidatura própria, só o membro do DAP sustentou a proposição até o fim como resolução. Sem qualquer conclusão de instância, a militância segue num misto de aflição e indignação mais que justas.

Continua após a publicidade
google.com, pub-9319522921342289, DIRECT, f08c47fec0942fa0

Lamentamos a decisão de Wagner. Sua candidatura foi aprovada no Congresso do PT BA em 2019, reafirmada em resoluções e é uma unanimidade no partido e aliados como PCdoB e PSB baiano. As pesquisas indicam o crescimento de Wagner governador quando associado a Lula presidente. Porém, frente a este cenário novo onde ele abdicou, consideramos ser preciso construir outro nome do (PT) com disposição para assumir essa tarefa. O próprio Wagner na reunião disse que se esta for à decisão do partido, ele estará na linha de frente da campanha. Da nossa parte, e acreditamos que de milhares de petistas, trabalhadores e jovens, o time deve continuar jogando de cabeça erguida e para vencer o jogo. 

A candidatura do (PT) representa a vontade de parte significativa do povo oprimido que quer comer, ter empregos e salários dignos, escolas e universidades abertas e o fim da violência contra o povo negro. É a candidatura aonde o programa cabe perfeitamente a defesa das empresas públicas como a Embasa, portanto contra sua privatização, e a preservação dos serviços públicos enterrando a ameaça da PEC 32 da Reforma Administrativa. É a única candidatura com força capaz de liderar a luta para derrotar ACM Neto (Dem) e Bolsonaro e para ampliar a bancada de deputados estaduais e federais do (PT). É a esperança para reconstruir e transformar o Brasil com Lula presidente para realizar mudanças profundas como a revogação da reforma trabalhista e da previdência, privatizações e a EC 95, e a realização de reformas como do judiciário, da mídia e militar que precisam da convocação de uma Assembleia Constituinte Soberana. 

Continua após a publicidade

Porque abriríamos mão da candidatura do (PT) ao governo do estado? Não tem justificativa. Alguns dizem que seria um gesto dirigido ao PSD e, também ao PP, para apoiar Lula, mas nada está garantido. Isso porque, esses partidos operam a lógica do centrão que compõem qualquer governo que esteja no poder, sem distinção. Tentam se equilibrar entre interesses oligárquicos regionais e o apoio às pautas nacionais do governo genocida de Bolsonaro. Foi assim que fizeram os partidos e Otto Alencar e João Leão no Congresso. Não se preocupam com a vida do povo e dos trabalhadores que só tem piorado nesta crise. A candidatura do (PT) ao governo do estado deve ter alianças, sim, composta por uma frente anti-imperialista com o PCdoB, PSOL e setores do PSB e outros partidos comprometidos com um programa político com esse caráter.

A candidatura do (PT) ao governo estadual é uma necessidade e também uma vontade coletiva. Muitos diretórios e também parlamentares se posicionaram em defesa da candidatura própria. A militância do partido quer este caminho e não vai aceitar mais uma vez decisões de cúpulas em reuniões fechadas.

É hora de reagir, sem medo de ser feliz. 

Conclamamos os diretórios municipais, parlamentares, dirigentes sindicais, estudantis, de bairros e comunidades, do movimento negro, dos movimentos do campo e da cidade, e à guerreira militância do partido a reafirmar em uma só voz: não abrimos mão, candidatura do (PT) para disputar a eleição.

Junte-se a nós neste combate! Diz a nota assinada e distribuída à imprensa dia 28 deste. 

Para o dirigente da CUT na Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Valdemir Medeiros defende as pré-candidaturas de Jaques Wagner ao Governo do Estado e Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. “Wagner foi o governador que libertou a Bahia do Carlismo e fez as principais obras estruturantes do nosso Estado.

Construiu as vias expressas do aeroporto, Rótula do Abacaxi, Porto e também programas nas áreas da Educação, Cultura e Turismo. Também foi o governador que colocou o metrô de Salvador para funcionar. Por tudo isso, eu acredito que ele é um homem preparado com todo o carinho do povo baiano. Na Saúde, ele reformou e construiu hospitais, levou programas para o interior e pavimentou o caminho para Rui criar as policlínicas”, ressaltou o dirigente sindical. Diz o dirigente Medeiros da CUT Bahia.