Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, nesta quinta-feira (20), que o prefeito Bruno Reis demonstra mais uma vez desprezo com a educação no município ao não assinar proposta do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) apresentado pelo Ministério Público da Bahia sobre o planejamento e oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Mais uma vez, ele coaduna com o desmonte da EJA em Salvador, pois não bastasse fechar mais de 40 unidades, dando continuidade à política do ex-prefeito ACM, ele se recusa assinar o TAC que é resultado de um encaminhamento de reunião mediada pelo Ministério Público em julho deste ano, com a presença do conselho municipal de educação, com o Coletivo de Coordenadas Pedagógicas da Rede, Fórum Estadual da EJA, além de entidades, sindicatos e movimentos sociais”, declarou a petista.
Segundo a vereadora, o prefeito segue a mesma política educacional de ACM Neto de não demonstrar zelo e investimento na educação pública. “O ex-prefeito e Bruno agora tentam camuflar a precariedade e má gestão na área, tentando atacar a educação estadual com mentiras, mas são os professores da rede municipal que estão constantemente m protesto contra falta de investimento, de creches, e a precariedade do ensino na cidade. Desde a gestão do ex-prefeito que esse projeto de desmontes vem acontecendo”, disse.
Marta fez coro ainda às notas públicas de entidades ligadas a educação rechaçando o descaso de Bruno Reis ao não assinar o TAC, estruturado a partir de um inquérito de mais de 700 páginas estruturado pelo MP. “O inquérito mostra com nitidez o ataque sistemático da prefeitura à EJA. Os retrocessos na educação do município vão desde a desqualificação dos profissionais à tentativa de mercantilizar a educação pública com o projeto Pé na Escola. Não adianta tentar enganar a população com propagandas e tentar camuflar a má gestão”, disse.
Ainda conforme a vereadora de Salvador, a política educacional da prefeitura de Salvador, desde Neto, segue a linha dos laboratórios educacionais de Bolsonaro, que desmontou o MEC, interviu no Enem e ameaçou a liberdade de cátedra. “É triste, porque assistimos desmonte na Educação de Jovens e Adultos fundamental para combater o analfabetismo e formar cidadãos, similar ao que acontece no governo Bolsonaro, que extinguiu o orçamento e, em 2018, dissolveu da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), principal responsável pela modalidade de ensino”, acrescentou.
Para a Marta Rodrigues, Bruno e Neto se voltam aos ataques para a educação estadual porque não tem méritos para apresentar. “Ambos não conseguiram cumprir a responsabilidade sobre alunos do ensino fundamental e os abandonou, precisando o estado acolher esses estudantes, que hoje estão em torno de 70 mil”, pontuou.