Hoje é Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao longo da vida, uma em cada três mulheres (cerca de 736 milhões de pessoas) sofre violência física ou sexual por parte de seu parceiro ou violência sexual por parte de um não parceiro. No Brasil, a taxa de feminicídio é de 4,8 a cada 100 mil mulheres, ocupando o quinto lugar no ranking mundial.
Em Vitória da Conquista, a Prefeitura Municipal se destaca nas políticas públicas de prevenção e enfrentamento a esse tipo de violência. A prefeita Sheila Lemos ressaltou que um dos compromissos de sua gestão é criar dispositivos que buscam ofertar condições e espaços mais seguros para o público feminino. “Na minha gestão, algumas leis que colaboram com a luta contra a violência à mulher já foram sancionadas com o objetivo de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas. Precisamos de ações efetivas para prevenir, enfrentar e erradicar de todas as formas a violência. Essa é uma luta de todos nós”, afirmou a gestora.
Crav realiza escuta para encaminhamentosA primeira lei sancionada foi a nº 2.509/21, que tornou obrigatório os bares, casas noturnas e restaurantes adotarem estratégias para auxiliar mulheres que se sintam em risco dentro das suas dependências. Já a Lei nº 2.510/21, impõe a prédios e condomínios residenciais o compromisso de afixar placas ou cartazes informando o número da Lei Maria da Penha e os telefones da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e da Polícia Militar.
Outra sanção foi a Lei nº 2.600/22, que instituiu o dia 7 de agosto como o Dia Municipal de Combate ao Feminicídio em Vitória da Conquista, para homenagear Sashira Camilly, vítima de feminicídio no município.
Assistência às vítimas de violência no município
No município, a assistência às mulheres que sofrem algum tipo de violência seja ela física, sexual, moral ou psicológica, na vida pública ou privada, é oferecida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Semdes), no Centro de Referência da Mulher Albertina Vasconcelos (Crav), nos demais serviços da Rede de Assistência Social e também no Sistema Único de Saúde (SUS).
No ano de 2021, o Crav realizou 1.633 atendimentos a 224 mulheres que foram vítimas de violência no município. Neste ano, de janeiro a setembro, já foram registrados 820 atendimentos a 143 mulheres acolhidas pelo serviço.
A coordenadora de Política para Mulheres, Dayana Evelinne Andrade, afirmou que o bom trabalho que o Crav vem desenvolvendo é extremamente importante para priorizar essa política pública para as mulheres conquistenses. “Esse trabalho, aliado a uma maior divulgação da existência desse serviço tão importante, ganham a confiabilidade das mulheres que buscam o serviço e indicam a outras mulheres que estão em situação de violência”, pontuou.
Se você sofre algum tipo violência, ou sabe de alguma mulher que esteja nessa situação e precisa de ajuda, denuncie pelo disque 180.