Política Política
Léo Péricles manifesta apoio ao piso nacional da enfermagem
Candidato criticou decisão do STF em redes sociais
05/09/2022 22h05
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Brasil
© Agência Brasil

O candidato à presidente da República pela Unidade Popular (UP), Léo Péricles, se posicionou hoje (5) a favor do piso salarial da enfermagem, aprovado em junho pelo Congresso Nacional e sancionado no mês passado pelo governo federal. Em vídeo postado nas redes sociais, ele criticou a decisão publicada ontem (4) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendendo a lei .

"Se quer tirar de algum lugar não pode ser dos trabalhadores da saúde. O Brasil já vive sob a Emenda Constitucional 95, que é aquela que congelou investimentos em saúde e educação por 20 anos. A saúde sofre cortes permanentes todos os anos e lembrando que ainda estamos sob uma pandemia em que os profissionais de enfermagem foram centrais pro povo brasileiro", disse Léo Péricles. 

Aprovada em 2016, a Emenda Constitucional 95 instituiu o chamado "teto de gastos": despesas e investimentos públicos foram limitados aos mesmos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação.

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"Que cortem dos banqueiros, da dívida pública, dos muitos ricos, taxando as grandes fortunas", defendeu Léo Péricles. Segundo ele, o piso é uma conquista dos profissionais que estão se organizando através de sindicatos. "Todo apoio a esse processo de mobilização", acrescentou.

Sancionado no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro, o piso salarial nacional para enfermeiros foi fixado em R$ 4.750. Técnicos de enfermagem fariam jus a 70% desse valor, enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras teriam direito a 50%. O piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas (União, estados e municípios), inclusive autarquias e fundações.

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A decisão de Barroso foi tomada no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222, apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). A entidade alega que a lei seria inconstitucional porque a regra que define remuneração de servidores é de iniciativa privativa do chefe do Executivo, o que não ocorreu, e que a norma desrespeitou a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais. A CNSaúde também sustenta que a medida é danosa pois não foram definidas as fontes de custeio para pagar a conta.

Barroso deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro do piso salarial, os riscos de demissão no setor e eventual redução na qualidade dos serviços. "Na própria aprovação da lei, já foi feito estudo de impacto financeiro", critica Léo Péricles.

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