A manutenção permanente das praças realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também acontece no Parque Municipal da Lagoa das Bateias, na Zona Oeste da cidade. No local, desde o dia 1º de julho, a dupla formada pelo jardineiro Ginaldo de Oliveira, 52 anos, e pelo ajudante Marcelo Coelho, 37, realiza um serviço diário.
O trabalho dos dois assegura que o parque tenha uma boa aparência, com mais segurança para os usuários.
Enquanto Ginaldo corta o excesso de mato com a roçadeira, Marcelo reúne os resíduos com o rastelo. O serviço, como diz o jardineiro, não para. “Isto aqui é como trabalho de cozinha. Se você lava os pratos de manhã, de tarde tem mais para lavar. É um serviço que não acaba”, comparou o jardineiro, que trabalha na Semma há dez anos.
“Nós estamos fazendo uma repaginação no parque da Lagoa”, resumiu Ginaldo. Trata-se, portanto, de um serviço que não tem prazo para chegar ao fim. O jardineiro calcula que, desde o início do mês, eles já roçaram e limparam uma área de aproximadamente seis mil metros quadrados. A título de comparação, a pista ao redor do Parque tem cerca de 3 quilômetros de extensão.
Na área próxima do museu, a dupla limpou os canteiros e rebaixou a grama que estava alta em vários pontos, a exemplo dos taludes que rodeiam a área interna e ficam à beira da pista de asfalto. Nesses pontos eles também retiraram resíduos e rebaixaram o mato que se acumulava. “Antes, não dava para passar por aí nem uma cobra ensebada. Carros também não passavam. Agora, os carros da Guarda Municipal já podem rodar por aí”, explicou Ginaldo.
Enquanto Ginaldo maneja a roçadeira, eliminando o excesso de capim, Marcelo reúne o material cortado, munido de um rastelo. Esse mesmo material é colocado por eles ao redor das raízes das árvores, a fim de servir como adubo natural. “Nós colocamos os resíduos nos pés das plantas, para juntar material orgânico. E os outros resíduos, como plásticos, nós descartamos na beira da pista para os garis catarem. Estamos zelando pelo patrimônio público”, informa o jardineiro.
Limpeza também pode trazer segurança
Tal zelo inclui a busca por segurança, além da preservação do meio ambiente. Ginaldo e Marcelo fazem o serviço de suspensão das copas das árvores mais frondosas. Nessas espécies, que se caracterizam por terem galhos mais pesados, que se aproximam do solo, eles cortam o excesso e permitem que quem passe por ali tenha uma visão mais abrangente, tanto do solo quanto do espaço ao redor. Isso já foi feito em diversas árvores cujas copas possuem grandes proporções e ocupam grandes circunferências, como aroeiras, jamelões, castanheiras, amendoeiras, flamboyants, etc.
“É importante porque dá uma visão panorâmica e oferece mais segurança para as pessoas que frequentam o Parque”, afirma Ginaldo.
Marcelo se responsabiliza pela limpeza das áreas sob as copas das árvores. Extraindo o mato que se acumulava ali, ele permite que as pessoas possam se reunir nesses espaços, aproveitando a sombra e com maior sensação de segurança – sem receio de serem visitados pelos pequenos bichos que habitam a área. “Como está tudo limpinho, as pessoas encostam com seus carros, com as crianças, sentam, colocam panos e fazem piqueniques. É um lazer para as famílias”, relata o servidor.
Manutenção constante traz melhores resultados
A titular da Semma, Ana Cláudia Passos, reforça que a lógica do serviço permanente continuará no Parque da Lagoa das Bateias. “Existe uma necessidade de manutenção constante nessa área, porque a natureza é viva. Se nós fizermos um mutirão aqui, agora, daqui a um mês o mato já estará grande de novo, e terá que ser feito outro mutirão. Seria uma logística complexa, pois a gente teria que retirar todos os outros servidores de outros pontos, para um ponto só”, explica.
“Com a ideia da manutenção constante, nós fazemos como na Praça Tancredo Neves. Isso traz mais resultados. Mesmo com uma equipe menor, os resultados são melhores, porque a manutenção ocorre dia após dia, todos os dias. Se hoje uma árvore necessita de poda, eles vão podar e continuar a manutenção. Amanhã, surgirá outra situação e eles estão sempre aqui”, justifica a titular da Semma.