Polícia Intolerância
Líder do (PT) em Foz do Iguaçu é assassinado.
A intolerância política causou uma tragédia neste sábado, 9, em Foz do Iguaçu. Armado e aos gritos, o agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, e o matou com três tiros.
10/07/2022 14h13 Atualizada há 2 anos
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Da Redação IBI
Gleisi Hoffmann: "Vamos chorar e enterrar mais um companheiro que tombou vítima da violência política, basta!” Foto: Reprodução

Arruda comemorava seus 50 anos, com pouco mais de 40 pessoas, em uma festa de aniversário temática  do (PT) e do Lula na sede da Aresfi (atrás da antiga Cobal) em Foz do Iguaçu. Tudo ia bem até que Guaranho invadiu a festa gritando Bolsonaro, mito e xingamentos, sacou uma afirmando que mataria a todos na festa.

A mulher do algoz com um filho no carro gritava e pedia para sair do evento. Depois de uma rápida discussão, Guaranho saiu do evento e prometeu voltar para “uma chacina”. Quem estava na festa não deu muita atenção ao episódio, mas Marcelo Arruda com quase 30 anos de atuação na Guarda Municipal afirmou aos amigos: “vai que esse maluco volta, por via das dúvidas vou pegar minha arma no carro”.

Não deu outra, o maluco bolsonarista voltou e executou o guarda municipal com três tiros. Mesmo ferido, Arruda conseguiu balear o agente penitenciário evitando a chacina anunciada pouco antes na festa.

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Intolerância — O episódio mostra o clima de intolerância política que vem uma escalada crescente no país desde 2018, quando um professor foi morto em Salvador (BA) após ter declarado que votou no (PT) nas eleições presidenciais.

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou a respeito a seguinte nota, assinada pela deputada federal Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do (PT) e Abdael Ambruster, Coordenador Nacional do Setorial de Segurança Pública do (PT).

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“Basta de violência! Basta de destruição! É tempo de reconstrução e transformação do Brasil e das relações entre brasileiros e brasileiras! Vamos chorar e enterrar mais um companheiro que tombou vítima da violência política, basta!”

— Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo (PT) em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

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Em nota, Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) de Foz do Iguaçu, lamenta profundamente o falecimento do ativista social Marcelo Arruda.

Arruda foi assassinado a tiros, durante sua festa de aniversário de 50 anos e temática ao (PT) (Partido dos Trabalhadores) e ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva.

A confraternização era realizada na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (ARESFI),  quando o assassino entrou armado,  gritando “Bolsonaro” e ameaçando matar as pessoas presentes.

Esse crime, com forte conotação de intolerância política, revela que o “bolsonarismo” é latente e está espalhado por todo canto, revelando instintos primitivos. É a maneira como esse grupo pensa, como tratam as mulheres ou subalternos no elo mais fraco da cadeia, a falta de empatia total pelo outro.

O assassinato de Marcelo Arruda revela a face cruel desse setor da sociedade, formado e potencializado por um presidente da República que elogia a morte, desrespeita as instituições e o nosso sistema democrático.

O CDHMP coloca-se a disposição dos familiares de Marcelo Arruda e conclama as cidadãs e cidadãos iguaçuenses a repudiar esse crime que enluta famílias, deixando órfãos e viúvas. (Foz do Iguaçu, 10 de julho de 2022).

Em nota, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, lamenta profundamente o falecimento do ativista social Marcelo Arruda.

O coletivo, Inteligência Brasil Imprensa — IBI, repudia toda violência de qualquer ordem, principalmente contra, pobres, negros, mulheres e crianças.

“Não podemos aceitar este ambiente tóxico entre as pessoas, e tão pouco a violência politica. O Brasil era mais feliz sem este modelo miliciano e malvado”. 

Fábio Costa Pinto — Jornalista Diretor Executivo do portal ibi.ong.br.