Aproximadamente duas toneladas de lençóis e cobertores foram entregues pela Prefeitura a instituições socioassistenciais do municíoio na tarde desta sexta-feira (17). O caminhão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) levou os itens aos seguintes locais: Lar da Misericórdia Santa Dulce dos Pobres (Jurema), Abrigo Lar Terceira Idade e Associação Cristo Liberta (ambos no Conveima) e ainda os abrigos Santa Dulce (Ibirapuera) e Nosso Lar (Boa Vista).
Os itens fazem parte do material que vem sendo doado desde dezembro de 2021 por por moradores de Vitória da Conquista e de outros municípios, além de empresas e entidades, a fim de ajudar as pessoas cujas residências foram atingidas pelas fortes da virada do ano.
Com a chegada das baixas temperaturas, as doações passam a incluir instituições monitoradas pela Prefeitura e inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), destinadas a acolher pessoas idosas, de forma permanente, e também as que oferecem assistência temporária a quem está de passagem pela cidade.
Além dessa iniciativa, outra equipe da Semdes, dedicada ao serviço de abordagem social, distribui cobertores, lençóis e agasalhos entre a população que se encontra em situação de rua.
“Em visitas de monitoramento e acompanhamento a essas instituições socioassistenciais, percebemos que seria importante”, explica Cássia Lucena, coordenadora de Proteção Social Especial da Semdes. “Pensamos nas instituições porque há essa necessidade de apoio da Prefeitura”, conclui a coordenadora, referindo-se à necessidade de se proteger esse público dos riscos da exposição ao frio.
“Todo tipo de ajuda é bem-vinda”, comemora a coordenadora-geral do Abrigo Santa Dulce, que acolhe aproximadamente 30 pessoas de 60 anos, em caráter de longa permanência. “Essas doações nos ajudam da melhor forma, pois vai ser uma coisa que nós não precisaremos comprar”, informa Geórgia.
A chegada dos novos lençóis e cobertores vai significar uma carga de trabalho extra para o aposentado Antônio Damascena, de 70 anos, que vive no Abrigo Santa Dulce há cerca de cinco anos. Isso porque ele costuma se encarregar de pendurar nos varais as roupas de cama usadas pelos colegas, após serem lavadas. Mas ele agradece. “Deus abençoe que seja assim”, disse Antônio, enquanto as sacolas com os itens doados eram descarregados pela equipe da Semdes.
Antônio divide o serviço diário com outro aposentado, Valdeir Rocha, de 60 anos, que vive no abrigo desde que se tornou paraplégico após ser atropelado por um automóvel, há cinco anos. Enquanto Valdeir lida com as roupas de cama, ele se encarrega de dobrar as peças menores, depois de secarem. “Não gosto de ficar parado. E isso é uma fisioterapia beleza”, explicou Antônio, que também comemorou a chegada das doações: “Vai chegando o frio, e um cobertorzinho de orelha cai bem para esquentar os mocotós”.