Meio Ambiente Ceará
Semace e Ibama assinam Acordo de Cooperação Técnica que visa gestão compartilhada da fauna silvestre do Ceará
O ACT tem como principal objetivo reabrir o Cetas que voltará a abrigar animais silvestres resgatados pelos órgãos ambientais competentes. Um marco...
10/06/2022 16h31
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

O ACT tem como principal objetivo reabrir o Cetas que voltará a abrigar animais silvestres resgatados pelos órgãos ambientais competentes.

Um marco histórico na gestão ambiental cearense foi celebrado nesta sexta-feira (10). Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram o Acordo de Cooperação Técnica, que representa o avanço nas medidas gerenciais e de proteção da fauna silvestre do Ceará.

O ACT tem como objetivo a gestão compartilhada da fauna silvestre no Estado. Um dos principais objetivos do acordo é reabrir o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para a realização plena de suas atividades. Na ocasião, a Semace é o órgão estadual que deve injetar recursos humanos e de materiais visando deixar o equipamento operacional.

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Em 2018, a Superintendência deu início ao pleito do acordo. “Temos visto durante esses anos o interesse e empenho da Sema e Semace para a concretização das políticas públicas e gestão da fauna silvestre no Ceará. Cumprimento também o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, que, da mesma forma tem se empenhado e muito dialogado com Ibama para buscar essa consecução da política pública”, declarou o superintendente do Ibama, Luiz Cesar Lopes.

Carlos Alberto agradeceu todos os técnicos do Ibama e Semace envolvidos no processo. “Nós sabíamos que era um problema, e de nossa responsabilidade, como órgão estadual, de que deveríamos também ter essa responsabilidade na gestão de fauna do Estado, nunca nos eximimos, sempre buscamos essa parceria. Sem as parcerias, não funciona. Agradeço especialmente a minha equipe que se empenhou e se empenha diariamente, em nome da Diretora de Fiscalização, Carolina Braga, e do Roberto Gladson, profissionais exemplares que fizeram muito para que esse acordo pudesse ser assinado hoje”, disse o titular da Semace.

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Alberto também destacou sobre a construção do Cetras próprio na região do Cariri. “O projeto está em fase final e aguarda a empresa responsável pelo projeto realizar pequenos ajustes solicitados pela SOP, para que possamos licitar o Cetras”, informou. Além disso, o gestor da autarquia destacou sobre sua visita ao Cetas de Minas Gerais, com intuito de obter conhecimentos específicos sobre a gestão desse tipo de equipamento, a fim de aplicá-los no Cetras da superintendência”, pontuou.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, “nos últimos anos, o Governo do Ceará tem se preocupado muito com essa pauta. Na verdade, estamos consolidando aqui uma parceria que na verdade já existe. Destaco a importância do Ibama, de sua direção e técnicos, na concepção desse grande objetivo que é revitalizar o Cetas. Vamos dividir atribuições e responsabilidades, e tenho certeza que a Semace fará um grande trabalho com seus excelentes técnicos, ajudando nesse trabalho que o Ibama já fazia no equipamento”, enfatizou o secretário.

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O momento também contou com as presenças de representantes do parlamento, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia do Meio Ambiente, Ordem dos Advogados do Ceará, Aquasis e do Instituto Pró Silvestre.

Na oportunidade, o chefe da Divisão Técnico-ambiental do Ibama, Muller Holanda, fez uma apresentação discorrendo sobre as atividades do Instituto acerca da gestão da fauna silvestre no Estado, ocasião em que mostrou resultados, abordando aspectos como legislação, fiscalização e a importância das parcerias, desafios, dentro outros. De acordo com o gestor, os principais desafios são relacionados ao transporte dos animais, capacitação dos agentes, tráfico (cativeiro irregular), comércio ilegal e caça.

Conforme Muller, no ano de 2011, o total de 11.486 animais deram entrada no Cetas, aumento significativo comparado ao ano de 2008, que totalizou 7.730 animais. Para o técnico do Ibama, cativeiros e o comércio irregular foram fatores determinantes para esse aumento.