Política Tarifa de ônibus
Aumento de Tarifa: Bruno se exime da crise de anos do transporte que ele e Neto acentuaram ainda mais com apoio da política de preços da Petrobrás", diz Marta
Para a vereadora do PT, em coletiva a imprensa o prefeito tentou se eximir do aumento na tarifa oriunda do modelo de transporte adotado na capital baiana e se esqueceu de falar que alta nos combustíveis é consequência da política de preços do governo que ele e o ex-prefeito apoiaram.
05/06/2022 22h51
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Da Redação IBI / Assessoria
Para Marta, “Esta mais caro sobreviver e agora o cidadão tem que tirar 4,90 de tarifa de ônibus em Salvador". Foto: Divulgação

A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, nesta sexta-feira (3) que o prefeito Bruno Reis se omitiu em coletiva a imprensa hoje sobre a realidade que levou ao aumento da tarifa do m Salvador. “O aumento da tarifa é consequência de  uma crise que se arrasta há anos e que seu grupo político foi ainda mais conivente ao apoiar essa política de preços que está afetando o Bolsonaro trabalhador em tudo, na alta dos alimentos, no preço do botijão de gás, na inflação e agora piorando o precarizado sistema de transporte municipal”, disse. 

Para Marta, o prefeito tenta se eximir duplamente, não só do aumento da tarifa, ao atribuí-lo a não concessão do subsídio federal e não assumir o modelo inadequado de gestão do transporte municipal adotado desde o ex-prefeito Acm Neto, mas também do encarecimento de vida da população.

“Chegou para o povo e não contou que ele e o ex-prefeito apoiaram a atual e absurda politica de preços e de combustíveis da Petrobrás do governo federal que culminou em prejuízos no bolso da população de Salvador e do Brasil, a exemplo dos altos preços dos alimentos, inflação e do botijão de gás e agora aumento de tarifa”. 

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De acordo com Marta, era evidente que não haveria subsídio federal, mas ainda assim  eles tentaram se desviar da responsabilidade. “O governo federal nunca teve preocupação com sistema de transporte público no Brasil tampouco com a sobrevivência da população mais pobre. É muito grave uma capital como Salvador, que tem os maiores índices de pobreza do país, pioradas nessa pandemia, tenha uma das tarifas mais cara do Brasil, onde as pessoas têm que  escolher entre pegar ônibus ou andar a pé para ter o mínimo, sobreviver e ter segurança alimentar”, diz. 

Lembrando também, que pesquisa recente da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que apontou aumento da cesta básica na cidade em 2,17%, chegando a R$ 481,93, em março, oque  representa quase 50% de um salário mínimo. 

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Segundo Marta a crise do transporte público foi intensificada pela prefeitura de ACM Neto no modelo de gestão do transporte adotado 2014 e agora ele e Bruno Reis tentam se  eximir da responsabilidade. “Ao longo dos anos, o grupo político deles ao invés de encarar o problema deu continuidade ao modelo de gestão inadequado. Agora foram a Brasília sob a justificativa do subsídio federal para se eximirem da crise que já era antiga e de conhecimento público e nem sequer tocou no assunto da política de preços da Petrobras, que acentuou ainda mais essa crise”.

Para a pré-candidata a deputada federal na Bahia, o resultado disso é mais um ano com a população sofrendo com a alta dos alimentos, do preço do gás e com a precarização do transporte público, notoriamente ineficiente, superlotado, sujo e de má qualidade. “É Mais um aumento com a retirada do “Domingo é Meia”, o fim da expiração de créditos numa cidade onde maioria do passageiro é trabalhador ou trabalhadora informal, pega ônibus, e muita gente nem sequer recebe sequer o salário mínimo”. 

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 “Esta mais caro sobreviver e agora o cidadão tem que tirar 4,90 de tarifa de ônibus em Salvador. È algo totalmente absurdo e desumano numa cidade formada por negras e negros, com grande parte de trabalhadores informais que muitas vezes não conseguem sequer pagar uma cesta básica”.

Marta pontua ainda que no prefeito renunciou milhões aos cofres públicos com isenção de impostos a empresas de ônibus, comprou passagens, fez acordos com o Ministério Público por melhorias e nada disso aconteceu.  

“Ano após anos a tarifa aumenta, e debatemos na Câmara ao longo dos anos, inclusive quando existia uma política de preços e combustíveis  justas antes do golpe contra Dilma,  e  essas concessões e isenções as empresas de ônibus pelas gestões municipais continuaram, enquanto o problema aumentava assim como a precariedade.  Em 2019, e na Câmara isenção ao ISS para as empresas de cerca de 300 milhões, que o prefeito renunciou. A questão não é só o  combustível, é a nebulosidade em torno do sistema que já dura anos e o prefeito e o ex nunca se importaram. O povo mais uma vez pagando o preço”, finalizou.