Cultura Xilogravura
Primeira Oficina de Xilogravura Noelice Costa Pinto.
O evento aconteceu na sede da Cialc em Cahoeira no Recôncavo baiano.
05/06/2022 21h34
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Da Redação IBI / Davi Rodrigues
Alunos do curso de xilogravura. Foto: Divulgação.

A primeira oficina de Xilogravura, professora Noelice Costa Pinto, aconteceu na sede da Cialc, em Cachoeira no recôncavo baiano, nos dias 28 e 29 de maio. 

O curso administrado pelo artista plástico, Davi Rodrigues, contou com um público jovem, trabalhadores da zona rural e funcionários do Cialc. Davi Rodrigues que foi aluno da professora Noelice Costa Pinto e do artista alemão, Hansen Bahia, também já foi secretario de Cultura e Turismo da cidade Heroica da Cachoeira, comenta que foram dois dias de muito aprendizado e alegria. 

“Para nós da comunidade da Ladeira da Cadeia, aprender além da técnica da Xilogravura, sua história e importância, reviveu os melhores tempos das atividades culturais da cidade. A comunidade aprendia arte na rua, no chão da rua, logo em frente a sede da Fundação Hansen Bahia”, entusiasmado, relata Davi.  

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Essa experiência será continuada com outros eventos de arte, segundo os apoiadores e o próprio mestre Davi Rodrigues. A oficia teve o apoio dos integrantes da Cialc, Carlos Lobo, Iza Lobo, Paulo Lobo e do professor Evandro Sibine da Escola de Belas Artes da UFBA. 

A professora Noelice Costa Pinto, Escola de Belas Artes da UFBA, foi a primeira diretora e fundadora do Museu e da Fundação Hansen Bahia, com o próprio artista Hansen. Além, de ser sua aluna e testamenteira. A Fundação Hansen Bahia fica na cidade de Cachoeira á 110 km da capital Salvador, no Recôncavo baiano. 

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Hansen e sua Fundação:  

Karl Heinz Hansen (Hamburgo, Alemanha, 1915 — São Paulo, SP, 1978). Gravador, escultor, pintor, ilustrador, poeta, escritor, cineasta e professor. Entre 1936 e 1945, serve como soldado na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), e atua como ilustrador de histórias infantis. Realiza suas primeiras xilogravuras entre 1946 e 1948. Migra para o Brasil em 1950, instala-se em São Paulo e trabalha para a Companhia Melhoramentos até 1955, ano em que se muda para Salvador.

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Muda-se para São Félix, Bahia, em 1970, onde conhece a cidade de Cachoeira e São Felix, convidado por sua aluna Noelice Costa Pinto e lá reside até seu falecimento, em 1978. Dois anos antes de sua morte, doa em testamento sua produção artística para a cidade de Cachoeira, Bahia, onde é criada a Fundação Hansen Bahia, que recebe seu acervo artístico de xilogravuras, matrizes, livros, pinturas, prensas e ferramentas de trabalho, deixando sua amiga e ex aluna, Noelice como testamenteira.

Cachoeira é uma das cidades baianas que mais preservaram a sua identidade cultural e histórica com o passar dos anos, o que a concretiza um dos principais roteiros turísticos históricos do estado.

Além disto, a imponência do seu casario barroco, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de “Cidade Monumento Nacional”. 

O reconhecimento de “Cidade Heroica”, pela participação decisiva nas lutas pela independência do Brasil a partir do Decreto n.º 68.045, de 13 de janeiro de 1971, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.