A ação será realizada entre os dias 6 e 16 de junho e reúne esforços das áreas de vigilância, atenção à saúde e gestão de riscos em municípios em desenvolvimento acelerado
A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) coordena, em parceria com a CEPDEC (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil), uma operação integrada que terá início no município de Inocência, entre os dias 6 e 16 de junho. A ação envolve o mapeamento de áreas de risco, atendimentos de saúde e estratégias de prevenção nos municípios que integram a chamada Rota da Celulose, que passam por intenso processo de desenvolvimento e aumento populacional.
A coordenação da operação se reuniu nesta terça-feira (20) para alinhar estratégias e definir as frentes de atuação da força-tarefa, que tem como foco antecipar demandas nas regiões impactadas pelo crescimento acelerado. Com atuação intersetorial, a SES lidera as ações de saúde pública, com atendimentos diretos, campanhas de prevenção e estratégias de vigilância ativa em territórios vulneráveis.
“Nossa prioridade é atuar na prevenção e promoção da saúde. A SES está atuando lado a lado com os municípios para estruturar respostas eficientes, com foco em prevenção e cuidado integral. Além dos serviços oferecidos, as informações serão fundamentais para orientar políticas públicas que assegurem o melhor atendimento às necessidades da população”, afirmou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone. Segundo ela, a ação reforça a presença do Estado em regiões de expansão, que exigem planejamentos e intervenções prevendo possível sobrecarga para os sistemas de saúde locais.
A equipe da Defesa Civil fará um reconhecimento prévio da área já na próxima semana. “Essa é uma ação estratégica, construída com diálogo e cooperação entre as instituições. Nosso objetivo é fazer um diagnóstico preciso das áreas mais vulneráveis, ouvindo a comunidade, identificando riscos estruturais e mapeando fragilidades nos serviços essenciais”, afirmou o Coordenador-Geral da Defesa Civil, Coronel Hugo Djan Leite.
Ações integradas de saúde
Além disso, será feito o mapeamento dos restaurantes da região, com a realização de um curso de boas práticas na manipulação de alimentos. O intuito é evitar doenças vinculadas ao consumo de alimentos manipulados de forma inadequada, especialmente considerando que muitas pessoas se alimentam em marmitas e restaurantes, o que pode representar um risco à saúde pública se os cuidados não forem seguidos corretamente. Mais do que oferta, os dados levantados durante a mobilização deverão embasar planos estruturais de resposta pública.
“A ação é um marco da atenção integral à saúde, especialmente em territórios impactados por mudanças urbanas e demográficas. Estamos indo a campo com equipes técnicas, levando serviços básicos e, ao mesmo tempo, identificando vulnerabilidades que exigem resposta rápida e planejamento estruturado para dar suporte aos municípios”, destacou a superintendente de Atenção à Saúde da SES, Angélica Congro.
Mapeamento estratégico
O trabalho realizado em Inocência integra uma série de ações estratégicas da Secretaria de Estado de Saúde, em conjunto com a CEPDEC-MS, para mapear áreas de alta complexidade e crescimento acelerado, como regiões de fronteira, o traçado da Rota Bioceânica e os municípios da Rota da Celulose. Esses territórios, que concentram fluxos populacionais intensos e transformações urbanas rápidas, exigem planejamento específico e vigilância ativa para antecipar demandas e estruturar respostas do poder público.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, o trabalho de campo será essencial para traçar o retrato sanitário da região. “Vamos mapear as reais condições de vida e saúde dessas populações, o que nos permitirá atuar com precisão nos próximos meses”, reforçou.
“A ação simboliza o compromisso do Governo do Estado com a proteção da população de Inocência. Integrando esforços da Secretaria de Estado de Saúde e da Defesa Civil, a iniciativa realizará o mapeamento de áreas de risco, pontos de vulnerabilidade social e da população flutuante. Será uma estratégia essencial para fortalecer a vigilância em saúde, orientar decisões estratégicas e garantir um desenvolvimento seguro e responsável diante do crescimento acelerado da região”, finaliza a assessora técnica de gabinete da SES, Danielle Ahad.
Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto capa: Chico Ribeiro/Arquivo