Neste domingo, 4, a 2ª edição da Corrida Rosa Shock, organizada pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres de Marabá (Comdim), em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) e outros órgãos da gestão municipal. O objetivo da corrida é conscientizar a respeito da violência contra a mulher.
A largada e a chegada aconteceram na Orla Encontro dos Rios, na Marabá Pioneira. Foram 5 km de percurso pelas ruas do núcleo, que os 500 participantes, mais os pipocas, percorreram.
A presidente do Comdim, Luana Bastos, pontua que a parceria com os órgãos municipais foi fundamental para a realização da corrida. “Por meio da Prefeitura, tivemos a parceria com a Semel, Seaspac, Seagri, DMTU, Postura. Foram vários órgãos que também abraçaram a causa. Nosso agradecimento à Prefeitura de Marabá porque é importante a prefeitura abraçar essas ações sociais”, afirma.
Segundo Carlos Humberto Faria, titular da Semel, a Corrida Rosa Shock faz parte do calendário de mais de 40 corridas apoiadas pela secretaria. “Estamos aqui para apoiar esse trabalho maravilhoso, muito bem organizado. Arrecadação de bastante quantidade de alimentos. Esse é mais um passo contra a violência contra a mulher”, comenta.
As 500 inscrições realizadas, resultaram em 500 cestas básicas, entregues a mulheres em situação de vulnerabilidade atendidas pela rede de proteção à mulher, em Marabá.
A primeira colocada entre as mulheres foi Mayara Silva, que mora há 12 anos em Marabá e que começou a correr há pouco mais de um ano. Para ela, é significativo poder participar da corrida, porque a temática vai ao encontro do que ela, como psicóloga, precisa lidar no dia a dia com pacientes. Ela completou a corrida em 23 minutos e 09 segundos.
“É uma causa que eu defendo. Enquanto psicóloga acolho mulheres no meu consultório. É uma demanda que é muito crescente. Enquanto uma pessoa que cuida da saúde mental feminino, eu vejo o exercício físico como possibilidade de potencializar a saúde mental, o cuidado com o corpo, o cuidado com tudo de modo geral”, analisa.
O primeiro colocado entre os homens foi Antônio Silva, com o tempo de 16 minutos e 03 segundos. A corrida entrou em sua vida há sete anos por meio do incentivo de amigos. Ele conta que passou um tempo sem correr, mas foi motivado pela esposa a retornar.
“Faz um mês que eu voltei. Vim para essa corrida para ver como o corpo reage porque tem outras pela frente. Entrei nessa como forma de preparação e é muito gratificante voltar ao pódio”, celebra.
A gestora de Recursos Humanos, Luilma Alves, pratica a corrida há sete anos e, atualmente, também incentiva colegas a praticarem o esporte e participarem de corridas, como a nora e a amiga que a acompanham.
“Primeiramente, (a corrida Rosa Shock) é uma forma positiva de incentivar a prática do esporte. Em segundo lugar, é uma forma de ajudar a causa, ajudar as mulheres que estão em vulnerabilidade, essas mulheres que sofrem violência doméstica. É uma forma de as mulheres se unirem, ajudarem, correndo, doando. A gente faz a doação na hora de fazer a inscrição. É uma forma de a gente abraçar realmente a causa”, diz.
Ao final da corrida, os participantes recebiam medalhas e lanche. Os primeiros colocados receberam uma série de prêmios como, por exemplo, uma bolsa de estudos.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes / Rapharazzo
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