Isabella Miranda é uma das alunas de balé na Praça da Juventude, projeto de extensão da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), que disponibiliza diversos cursos como informática, skate e karatê, por exemplo. Ela, que tem 10 anos, começou a praticar balé porque dançava na igreja e a mãe percebeu que a dança a ajudaria a desenvolver a atividade. Para Isabella, o balé hoje significa aprendizado e força, além de proporcionar benefícios.

“Minha mãe achou que seria uma boa ideia me colocar para melhorar a flexibilidade, os passos. No começo, foi mais por isso, mas eu acabei gostando e melhorou muito nessa questão da flexibilidade, do desempenho nos passos. E até para a saúde é bom porque é bom a gente sempre estar em movimento, trabalhar a força, os músculos”, relembra.

Atualmente, a Praça da Juventude possui quatro turmas de balé, com duas aulas por semana, atendendo 100 crianças e adolescentes, entre 7 e 14 anos. Além do KM-7, a iniciativa atende bairros como Araguaia e Nossa Senhora Aparecida. O projeto também oferece aulas de zumba para mulheres, três vezes por semana.

A dança faz parte da vida da professora Valéria Oliveira desde a infância. Ela, que atua há seis anos na Praça da Juventude, também iniciou em um projeto social e seguiu em aperfeiçoamento com cursos, participação em estúdios de dança, grupos juninos e de dança popular. Na visão da professora, a dança ajuda a ampliar as perspectivas do público atendido.

“É muito importante porque a gente tem crianças vulneráveis aqui nesse local. E aí, a gente leva a perspectiva de vida para elas. Um futuro melhor com a arte, com a dança, com o esporte. Isso é muito importante para mim, fazer parte da vida dessas crianças, da perspectiva que elas têm para o futuro. É um projeto muito bonito”, afirma a professora.

As aulas de balé são compostas por momentos teóricos, alongamento, que é importante para o desenvolvimento das atividades, coordenação motora, lateralidade, concentração, e posições do balé como o demi-plié e elevè, por exemplo. As alunas também realizam coreografias para apresentações em programações dentro da Praça da Juventude, como o Dia das Mães.

Para a coordenadora da Praça da Juventude, Sirléia Andrade, a dança, cujo Dia Internacional é celebrado neste 29 de abril, abre portas para que as crianças possam explorar as potencialidades.

“Eu vejo uma oportunidade para a gente dar para essas crianças oportunidades para elas sonharem e se realizarem naquilo que elas realmente querem ser. Então, aqui é uma oportunidade, um início para elas. E incentivar novos talentos. Isso ajuda muito”, avalia.

Texto: Ronaldo Palheta

Fotos: Sara Lopes

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