A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapi), foi acionada para investigar uma mortalidade anormal de abelhas no município de Canto do Buriti. Fiscais médicos veterinários e engenheiros agrônomos das unidades de vigilância de Canto do Buriti e Floriano já estão em campo para apurar as causas.

As equipes estão analisando se o fenômeno foi causado por pragas, como insetos, fungos ou bactérias, além de coletar amostras para testes de múltiplas substâncias químicas. “É natural que abelhas morram. Porém, nesse grande volume sugere que há algo errado”, explicou o coordenador do Programa Estadual de Sanidade Apícola, Cleber Braga, pontuando que um rigoroso protocolo sanitário está sendo feito para chegar ao um diagnóstico preciso.

As amostras coletadas serão enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Goiás, para análise detalhada e identificação da causa real da mortalidade. A Adapi reforça que qualquer cidadão pode notificar casos suspeitos por meio do sistema e-Sisbravet ou pelos canais oficiais do órgão.

O Piauí vive um boom na produção de mel. Em uma década, a produção estadual triplicou, fazendo com que o Estado assumisse a vice-liderança nacional no setor, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal, do IBGE, no ano passado o Piauí produziu quase 9 mil toneladas de mel. Em 2014, o Estado ocupava a sexta posição no ranking nacional, com pouco mais de 3 mil toneladas produzidas.

Atualmente, 140 municípios piauienses registram produção de mel, sendo que 14 deles estão entre os 50 maiores produtores do país. A investigação da Adapi sobre a mortalidade das abelhas é crucial para garantir que esse crescimento sustentável da apicultura continue, sem ameaças ao meio ambiente e à economia local.