A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) deu mais um passo significativo na implementação do Plano Estadual de Turismo de Base Comunitária (TBC) ao promover uma oficina na comunidade da Camboinha, localizada na Ilha de Maiandeua (mais conhecida como Algodoal), município de Maracanã, nordeste paraense. A iniciativa teve como foco principal a capacitação dos moradores locais para o desenvolvimento sustentável do turismo, enfatizando a participação ativa da comunidade na gestão das atividades turísticas.
O encontro, ocorrido entre os dias 17 e 19 de fevereiro, abordou a criação de roteiros de vivência em TBC que destacam produtos da bioeconomia, fortalecem as cadeias produtivas locais e valorizam o cotidiano, o ambiente e a cultura da comunidade. A ação está alinhada à Política Estadual de Turismo em Base Comunitária, instituída pela Lei nº 9.773/22, que visa regulamentar e promover o turismo sustentável nas comunidades tradicionais do Pará.
“A Política Estadual de Turismo em Base Comunitária fortalece experiências sustentáveis no Pará, proporcionando às comunidades oportunidades de avanço na institucionalização e regulamentação das atividades turísticas. O plano confere legitimidade às comunidades rurais e tradicionais para atuação no setor, promovendo a valorização da cultura local e a preservação dos saberes ancestrais”, afirma o secretário de Estado de Turismo, Eduardo Costa.
Sustentabilidade- As oficinas têm como objetivo nivelar informações e orientar as comunidades sobre o TBC, além de identificar atividades socioeconômicas que possam ser desenvolvidas de maneira sustentável. O público-alvo incluiu moradores de comunidades tradicionais situadas em Unidades de Conservação que já oferecem ou desejam implementar serviços de apoio ao turismo.
Hugo Almeida, gerente de Estruturação dos Destinos Turísticos da Setur e facilitador da oficina, explicou que o TBC é uma atividade socioeconômica planejada e gerida por comunidades tradicionais. “Esses grupos, culturalmente diferenciados, possuem formas próprias de organização social, e utilizam territórios e recursos naturais como base para sua produção cultural, social, religiosa e econômica, fundamentada em conhecimentos e práticas transmitidos por gerações”, explicou o gerente.