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Sanepar, Corsan, Casan, Funasa e Aesbe discutem alterações climáticas no Sul do Brasil
O principal objetivo foi a busca da cooperação técnica e a troca de informações implementadas em cada estado durante o período a estiagem e o perí...
24/02/2025 08h40
Por: Redação Fonte: Secom Paraná

As ações de enfrentamento da crise climática e seu impacto na oferta de água foi o foco do encontro entre representantes da Sanepar, da Corsan, do Rio Grande do Sul, e Casan, de Santa Catarina com técnicos da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe).

A reunião, realizada quinta e sexta-feira (20 e 21), em Porto Alegre, foi proposta pelo presidente da Funasa, Alexandre Motta, para tratar de temas importantes do saneamento para a Sul do País.

O principal objetivo foi a busca da cooperação técnica e a troca de informações implementadas em cada estado durante o período a estiagem e o período de enchentes que têm atingido a região desde 2020. Neste ano, a estiagem atinge pelo menos 100 municípios do Oeste catarinense. O Rio Grande do Sul também vive o drama da estiagem em muitas regiões.

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A Sanepar, representada pelo diretor de Operações, Sérgio Wippel, teve a incumbência de mostrar o trabalho e as ações desenvolvidas em diversas cidades do Paraná, e em especial, em Curitiba e nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba, nos anos 2020/2021, durante a pior estiagem num cenário de 90 anos. A situação obrigou o Governo do Estado a decretar emergência hídrica.

O diretor falou também da elevação das temperaturas e das ondas de calor que, por consequência, fazem com que o consumo extrapole as médias históricas e, ainda, do excesso de chuvas que causam danos e comprometem o abastecimento, quer seja por danos em equipamentos e falta de energia ou por alterações nos mananciais com aumento de turbidez da água.

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Wippel apresentou as ações desenvolvidas pela Sanepar para mitigar os efeitos nos sistemas. Dentre as mais de 20 intervenções, destacou a ativação de fontes incrementais de água, a implantação de sistemas de rodízio para garantir a água para todos, mesmo que de forma intercalada, a transposição de água de outros mananciais, a busca de água em pedreiras, denominada de “ação para tirar água de pedra”, e o fazer chover nas bacias hidrográficas, com a semeadura de nuvens por meio de serviços aéreos.

O diretor propôs à Funasa que sejam locados recursos em coleta e tratamento de esgoto, no âmbito do programa de saneamento rural, e trabalho integrado com a Fundação para apresentar projetos de baixo custo para estes sistemas. “A parceria, a cooperação técnica e a troca de informações favorecem o desenvolvimento de ações, a busca de alternativas individuais e coletivas que possam mitigar os efeitos quer seja do excesso de chuvas ou de estiagens prolongadas”, destacou.

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As definições apontadas no encontro em Porto Alegre envolvem a proposta de cooperação e troca de informações para enfrentando da crise climática na Região Sul com a participação da Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Mudança Climática(CTGA); a articulação para apresentação de um painel na COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, no mês de novembro deste ano.

A COP 30 abordará diretrizes gerais para o enfrentamento dos impactos da mudança climática (tempestades, secas, aumento de temperatura) no cotidiano operacional dos prestadores de serviços de água e esgotos. O encontro também discutiu a proposição de inclusão na pauta da COP 30 de temas relacionados a gestão de resíduos e reuso de água, a gestão de crise hídrica e recuperação/preservação de mananciais, além de energia renováveis e biogás.

O diretor de Operações da Sanepar também fez uma apresentação do programa Sanepar Rural praticado no Paraná. Wippel falou que o modelo envolve quatro atores, tendo como critérios; atender no mínimo, em cada projeto, 20 famílias e uma extensão máxima de 350 metros por ligação: as prefeituras municipais, que ficam responsáveis pela definição, perfuração, testes e laudos dos poços, podendo ser executado pelo o Instituto Água e Terra (IAT), pelo assentamento das tubulações e execução civil da casa de química e base dos reservatórios.

À Sanepar, cabe a elaboração dos projetos; fornecimento de materiais para a rede de distribuição e ligações, reservatórios e equipamentos; a instalação eletromecânica e de tratamento; a fiscalização do empreendimento e as atividades de educação socioambiental. As comunidades têm a responsabilidade da criação da associação de moradores, que será responsável por acompanhar o empreendimento e, após a entrega das obras, iniciar a gestão e operação.

As comunidades rurais também têm sofrido com as alterações no clima, principalmente, com a estiagem, comprometendo o desenvolvimento rural, a sobrevivência dos animais, a produção agrícola e o uso da comunidade.