Economia Opinião
Alta no preço dos alimentos exige medidas concretas.
Na Real Cestas, empresa especializada no mercado de cestas básicas, o diretor Gustavo Defendi ressalta a importância de políticas econômicas voltadas para o setor.
22/01/2025 22h01
Por: Redação Fonte: Luciana Vitale / @maximasp
Fotos: Divulgação / Shutterstock

Após a declaração do ministro Rui Costa sobre possíveis “intervenções” para reduzir o custo dos alimentos, a Casa Civil esclareceu que o governo estuda medidas em parceria com os produtores. Segundo o IBGE, o grupo de alimentação e bebidas registrou uma alta acumulada de 8% em 2024, com os alimentos ficando 1,47% mais caros em dezembro. Esses números reforçam a necessidade de ações urgentes para amenizar os impactos sobre os consumidores.

O preço dos alimentos no Brasil continua subindo, afetando diretamente o consumidor e direcionando a economia. Na Real Cestas, empresa especializada no segmento de benefícios em cestas básicas, o diretor Gustavo Defendi, aponta que a alta é reflexo de uma combinação de fatores econômicos e climáticos, como a valorização do dólar, o impacto das exportações e as quebras de safra. “O dólar é a principal variável quando falamos de commodities. Além disso, os eventos climáticos e as movimentações do mercado interno e externo influenciam muito”, afirma.

A situação do café é um exemplo emblemático citado pelo especialista. “Houve quebra de safra no mercado externo, o que aumentou a demanda por produtos brasileiros. Para os produtores, é mais vantajoso exportar, e isso eleva os preços no mercado interno”, explica. “O mesmo aspecto se repete em outros itens essenciais, ampliando a pressão sobre os orçamentos familiares”, continua defender.

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Sem uma solução imediata, o presidente Lula debate alternativas para frear a escalada dos preços.

“Entre as possibilidades, o governo deve considerar novas diretrizes para exportação e maior regulação das quantidades enviadas ao mercado externo, firmando acordos com outros países e envolvendo órgãos como a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) para equilibrar as exportações e proteger o mercado interno”, sugere o executivo da Real Cestas.

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Gustavo também propõe um incentivo direto aos agricultores: “Subsidiar parte dos insumos agropecuários seria uma medida viável e eficiente para reduzir os custos de produção, o que pode ajudar no controle dos preços finais.”

Além disso, o especialista afirma ser imperativo que o governo desenvolva um conjunto de ações coordenadas. “Eventos climáticos extremos, inflação, a alta do dólar e custos elevados no setor agropecuário estão entre os fatores que pressionam os preços. O país tem que ter como prioridade colocar alimentos mais acessíveis na mesa dos trabalhadores, alinhando políticas econômicas e sociais para isso”, finaliza Defendi.

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Gustavo Defendi é sócio-diretor da Real Cestas, empresa que atua há 25 anos no mercado de cestas de Alimentos, Higiene/Limpeza e de Natal.