O objetivo do processo é promover o funcionamento da administração, visto que o processo administrativo se refere à organização e planejamento para alcançar o fim desejado, seja em entidades públicas ou privadas. Assim, deve ser realizado de maneira a obedecer ao fluxo das etapas, com registros documentais que facilitem a organização e o acesso dos usuários aos serviços.

No que diz respeito à gestão pública municipal, para o funcionamento da máquina pública, é necessário contar com profissionais qualificados. Nesse contexto, para alguns gestores, a atual situação econômica do país não permite falar em aumento de despesas. No entanto, deve-se considerar: qualificação profissional seria realmente um aumento de despesas? De fato, os municípios têm enfrentado queda na arrecadação; entretanto, na concepção do autor Chiavenato, que destaca em seu livro "Recursos Humanos – O Capital Humano das Organizações" (2009), “o aperfeiçoamento profissional é a educação que visa ampliar, desenvolver e aperfeiçoar o ser humano para seu crescimento profissional em determinada carreira ou para torná-lo mais eficiente e produtivo em seu cargo”.

Dessa forma, percebe-se que a qualificação profissional, mesmo diante das turbulências econômicas, é fundamental não apenas para os cidadãos, mas também para as entidades. Assim, na esfera pública, no atual mercado globalizado, a qualificação continuada do servidor não deve ser considerada um aumento de gastos, mas sim um investimento, na medida em que permite melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

Com isso, os processos administrativos tendem a ser realizados de forma produtiva e célere. Os gestores, diante da escassez de recursos, podem adotar boas práticas no processo organizacional para qualificar os serviços públicos prestados à população. Neste contexto, considerando a limitação de receitas, é preciso atuar de forma estratégica em todas as áreas, especialmente em educação, saúde e assistência social – setores que demandam a maior parte dos recursos públicos e são procurados por cidadãos que sentem a carência por políticas públicas.

Contudo, se há poucos recursos para investir, certamente existem medidas planejadas com etapas e tarefas que devem ser cumpridas rigorosamente para cada atividade administrativa, possibilitando a produção de mais em menos tempo. Para que isso ocorra efetivamente, é necessário implementar uma gestão planejada, inovadora, utilizando recursos tecnológicos que facilitem o fluxo e melhorem a gestão pública municipal, sem perder de vista a organização da sociedade com foco nas principais prioridades.

Assim sendo, por meio da qualificação e profissionalização, a sociedade tende a se organizar, o que pode melhorar a qualidade dos serviços públicos, reduzir gastos e obter resultados positivos, alcançando o objetivo desejado na gestão com eficiência. Isso, de fato, sinaliza a produtividade dos gastos públicos, ou seja, fazer mais com menos.

Por: Erê, Presidente da Sociedade Aliança dos Artistas e Operários de Pirangi – 94 anos, Sócio efetivo da ABI/Nacional, Membro Titular do Conselho Municipal de Saúde de Itajuípe, Membro Titular CACS/FUNDEB, Graduado em Gestão Pública – Uniasselvi, Pós-graduado em Gestão Pública Municipal – UESC, Radialista por formação DRT/BA 6315, MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político – Facuminas e MBA em Gestão Hospitalar – Faculdade Metropolitana / Itajuípe Bahia.