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Avança projeto que regula identificação de irregularidades na medição de energia
O projeto que regulamenta os procedimentos para identificação de irregularidades na medição de energia elétrica ( PL 1.465/2022 ) avançou em sua tr...
03/12/2024 22h41
Por: Redação Fonte: Agência Senado

O projeto que regulamenta os procedimentos para identificação de irregularidades na medição de energia elétrica ( PL 1.465/2022 ) avançou em sua tramitação no Senado: o texto foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura (CI) nesta terça-feira (3) e agora segue para análise na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) .

O autor desse projeto de lei é o senador Marcos Rogério (PL-RO). A relatora da matéria na CI foi a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que apresentou parecer favorável à iniciativa.

A proposta prevê modificações na Lei 9.427/1996 , que instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para definir processos para a caracterização de irregularidades na medição de unidade consumidora, disciplinando também as formas de cobrança e pagamento.

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Durante a reunião, o parecer de Teresa Leitão foi lido pelo senador Fernando Farias (MDB-AL). O texto prevê que a suspensão de fornecimento de energia em virtude de irregularidades não poderá ocorrer sem comunicação prévia, ampla defesa e produção de prova pericial produzida de forma imparcial.

Desrespeito

Na justificativa do projeto, Marcos Rogério explica que é comum a adoção, pelas distribuidoras de energia elétrica, da prática denominada "recuperação de energia" ou "recuperação de débitos". Ele argumenta que, pela forma como isso tem sido implementado, a ação acaba sendo um desrespeito aos consumidores.

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De acordo com o autor da proposta, as distribuidoras de energia, quando alegam haver irregularidade na medição, realizam estimativas da quantidade consumida não faturada, sem que os consumidores tenham direito a contestação. Além disso, Marcos Rogério afirma que essa prática ignora as situações em que o erro ocorre devido a falhas nos equipamentos ou à demora na substituição de medidores obsoletos.

Para Teresa Leitão, o projeto é uma resposta necessária à prática de corte de fornecimento de energia sem aviso prévio, por supostos erros de medição, que, segundo ela, tem deixado ainda mais desamparadas muitas famílias em situação de vulnerabilidade.

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“Ao disciplinar a forma de cobrança e pagamento, bem como as condições para a suspensão do fornecimento, o projeto assegura que os consumidores não sejam penalizados por problemas que não causaram. A implementação dessas medidas não apenas protege os consumidores, mas também fortalece a confiança no sistema regulatório, garantindo que as práticas das distribuidoras sejam justas e equitativas”, avalia a relatora.

Rejeição

Também na reunião desta terça-feira, a CI rejeitou um projeto de lei que determinava que as distribuidoras de energia incluíssem nas faturas um endereço eletrônico pelo qual fosse possível acompanhar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a data em que isso foi apurado. O endereço deveria mostrar fotos dos reservatórios, atualizadas semanalmente.

Esse projeto ( PL 361/2022 ), da ex-senadora Rose de Freitas, recebeu parecer pela rejeição do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e agora será arquivado.

Heinze alegou que o nível dos reservatórios já é divulgado periodicamente no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ele também argumentou que a atualização semanal de fotos dos reservatórios geraria custos adicionais ao setor elétrico, que seriam repassados aos consumidores. Além disso, o relator disse que não é possível garantir que o consumidor acessaria o endereço eletrônico disponibilizado na fatura.

“Ainda que o consumidor a acesse, a foto de um reservatório cheio ou vazio não é informação suficiente para um entendimento completo da situação conjuntural ou estrutural do setor elétrico”, ressaltou Heinze.