Turismo Imersão
Embratur inaugura galeria em Nova York que promove imersão sensorial na Amazônia.
Iniciativa da Agência, em parceria com o Sebrae, leva as riquezas da região amazônica e a sustentabilidade de vida das comunidades aos Estados Unidos, até o dia 27 de setembro.
23/09/2024 22h36 Atualizada há 5 horas
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participaram da cerimônia de abertura da Galeria Visit Brasil – Amazônia (Foto: Marcio Menasce/Embratur).

A Galeria Visit Brasil – Amazônia foi oficialmente aberta nesta segunda-feira (23), em Nova York, nos Estados Unidos. A iniciativa da Embratur, em parceria com o Sebrae, apresenta as riquezas da região amazônica e a sustentabilidade de vida das comunidades locais por meio de uma jornada multissensorial: música, artesanato, fotografia, artes visuais, moda e gastronomia. 

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou da cerimônia de abertura e reforçou o objetivo do projeto. “Quando a gente fala da Amazônia, imediatamente vem à nossa cabeça a preservação. E é verdade, a Amazônia precisa ser preservada, mas preservar a Amazônia significa gerar e produzir um novo modelo de desenvolvimento que deixe a floresta de pé e seus povos também. E o turismo é uma grande ferramenta para isso e toda essa Galeria Visit Brasil baseada na Amazônia é uma demonstração de que o Brasil com S voltou: o S do Saber, o S do sabor, indicando a Amazônia como um grande destino”, afirmou Freixo.

O projeto inovador permite uma imersão pelo maior bioma do mundo instalado numa galeria de arte e receberá empresários, associações e operadores de turismo, formadores de opinião, influenciadores e jornalistas internacionais até o dia 27 de setembro.

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A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também marcou presença no primeiro dia de galeria. Ela acredita que o espaço-conceito irá contribuir para uma maior conscientização sobre a importância da ancestralidade indígena brasileira em sua totalidade. “É um espaço para a chamada da tomada de consciência, onde as pessoas que não conhecem a Amazônia de perto, que nunca visitaram a Amazônia, têm aqui uma noção do que é a Amazônia em toda a sua diversidade, de culturas, de povos, de territórios, de espécies, e essas espécies precisam ser protegidas não só por nós indígenas, mas por todas as pessoas”, afirmou Guajajara.

De acordo com a diretora de Administração e Finanças do Sebrae, Margarete Coelho, a parceria entre a entidade e a Embratur aproxima o Brasil dos Estados Unidos e do público-alvo. “É aqui, na Galeria Visit Brasil, que o turismo brasileiro, principalmente com o destino da Amazônia, está sendo apresentado para os Estados Unidos e para o mundo. O Sebrae e a  Embratur têm uma parceria longeva, potente e que tem preparado os pequenos negócios para serem cada vez mais efetivos, mais lucrativos, mais sustentáveis, mais inclusivos e inovadores também no turismo”, pontuou Margarete Coelho. 

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ESTRATÉGIA - O mercado norte-americano é estratégico para a Embratur. Os Estados Unidos foram o segundo maior emissor de turistas internacionais para o Brasil em 2023, atrás apenas da Argentina. Segundo o Portal de Dados da Embratur, o país enviou 668.478 visitantes aos destinos brasileiros no ano passado, um salto de mais de 50% em relação a 2022, quando 441 mil turistas dos EUA visitaram o Brasil. De janeiro a agosto deste ano, já foram 461,3 mil visitantes. 

“A importância desse evento é central para o mercado americano. Consumidores estão prontos para viajar depois da Covid e prontos para gastar dinheiro e conhecer mais sobre a Amazônia brasileira. A gente tem visto o aumento dos negócios e estamos trabalhando com os agentes de viagens dos Estados Unidos para criar esses pacotes. A parceria com a Embratur para que as pessoas conheçam a região, sobre o que há de novo e de sustentável, é um grande benefício”, avaliou o vice-presidente da Associação de Operadoras de Turismo dos Estados Unidos (USTOA), Peggy Murphy. 

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Para o cônsul-geral do Brasil em Nova York, Adalnio Senna, a importância deste momento vai além do turismo. “É importante uma integração global que mostre a importância da Amazônia para o mundo. Temos a convicção de que a partir da COP30 tenhamos uma inflexão positiva para manter a floresta em pé, sob a liderança do Brasil. Bioeconomia e transição energética são temas prioritários que tratamos com os Estados Unidos”, reforçou. 

AMAZÔNIA LEGAL - Os estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão compõem a região amazônica, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 27 de setembro, os visitantes irão participar de painéis com representantes de entidades ligadas ao turismo sustentável, bioeconomia e a promoção de toda a Amazônia, exposições digitais de fotógrafos brasileiros renomados, degustação da gastronomia regional de chefs brasileiros e experiências interativas. 

Para o governador do Pará, Helder Barbalho, a Galeria é uma oportunidade de os norte-americanos conhecerem mais sobre a diversidade do estado. “Esta imersão na Amazônia, este chamamento para que se possa conhecer um pouco da experiência das nossas belezas, das nossas riquezas, certamente alavanca a visibilidade, a estratégia de apresentação da Amazônia”, afirmou. O governador de Rondônia, Marcos Rocha, endossou as palavras de Barbalho. “A Amazônia é um local diferenciado. Ela faz com que a gente sinta experiências únicas, que não existem em outros lugares. Existem locais que o mundo sempre fala, agora é hora de conhecer esses lugares”, acrescentou. 

DIVERSIDADE - A riqueza de ingredientes amazônicos será representada por chefs brasileiros renomados que estarão no comando da cozinha da Galeria Visit Brasil em Nova York, promovendo degustações para encantar os visitantes internacionais. Para o chef paraense Saulo Jennings, um dos nomes que integram o time da gastronomia do espaço, a galeria consolida a Amazônia em um alto patamar da gastronomia mundial.

“Recentemente, fui nomeado pela ONU como embaixador do turismo gastronômico mundial e acredito que essa galeria vem mostrar toda essa diversidade do nosso turismo, diversidade do que a gente tem para oferecer para o mundo. É uma oportunidade de levar para o Brasil pessoas importantes, networking para a gente transformar em negócio e geração de emprego e renda”, finalizou. 

CONECTIVIDADE - A promoção internacional da região amazônica também é acompanhada de uma estratégia que busca ampliar a conectividade aérea. A Embratur atua em parceria com as companhias aéreas para atrair novos voos internacionais, em acordos que preveem promoção conjunta das novas rotas. Hoje, os  visitantes estrangeiros podem acessar a região pela nova rota Lisboa (PT)-Belém (PA)-Manaus (AM), da companhia aérea TAP. Além disso, a frequência de voos para a região também aumentou. Atualmente são cinco voos Lisboa-Belém (TAP) e sete saindo de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, para Belém, pela Azul.