Internacional ARTIGO
A nova Guerra Fria e a salvação do Brasil
Nas últimas horas Ucrânia e Rússia protagonizam uma estabilidade que caminha para uma possibilidade de guerra.
12/02/2022 18h06
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Por Alana Rocha (Jornalista DRT-5323/BA).
Vladimir Putin, Russia e Jair Bolsonaro, Brasil. Foto: Reprodução diariodocentrodomundo.com.br
Canais de notícias internacionais, como CNN, por exemplo, que possui correspondentes nos respectivos países, registram pontos de tensão onde soldados e população local deram entrevistas ao som de tiros. Carreatas de veículos militares cortam estradas em áreas cruciais de fronteira de ambos os países, mísseis lançados sob a alcunha de “testes militares”, alguns soldados declaram que a guerra já começou, a embaixada dos EUA já foi evacuada na Ucrânia enquanto Putin e Biden conversavam por telefone.
 
Em meio a este clima, que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, viaja até a Rússia para visitar Vladimir Putin. Antes, porém, Jair Messias Bolsonaro declarou, diante de seus fiéis “súditos” que, “não há diferença entre o que acontece aqui no Brasil e na Venezuela, que vivemos uma ditadura e que nos próximos dias, algo vai nos salvar”. Estranhamente a declaração vem em meio aos planos desta viagem até a Rússia. Refletindo sobre a atual situação, o que seria essa tal “salvação”? Um possível golpe? Apoio do Brasil a guerra entre a Rússia e Ucrânia, para depois Rússia “ajudá-lo” aqui?
 
Fato é que, para além da alta do barril de petróleo, que já começa a disparar no mercado internacional, e pode refletir em nosso país através do preço da gasolina e outros derivados, temos que lançar um olhar mais atento ao que de fato pode ser. Visita “a toque de caixa” do nosso atual Presidente ao Vladimir Putin, e quais serão seus desdobramentos e reflexos em nosso país. Anti vacina, descrente da força do COVID nos primórdios da pandemia, gozador das mortes e números gritantes de brasileiros atingidos pela doença, Bolsonaro já decola do Brasil rumo a Rússia com uma barreira, aliás cinco, só vai se aproximar de Putin após se submeter a nada mais nada menos que cinco testes PCR.
 
Irônico para um presidente que nunca tomou se quer uma dose da vacina, e parece brincar e dançar perigosamente com o SARS-CoV-2, achando pouco resolveu apimentar essa dança metendo-se no meio de uma possível guerra. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Por: Raquel Alana Oliveira da Rocha — Jornalista formada em comunicação social, com passagem:

Pelo (SBT) TV Aratu Bahia, atualmente na Rádio Gazeta de Riachão do Jacuípe / BA (DRT 5323/BA).