O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, representou o governador Wanderlei Barbosa em uma reunião com integrantes do governo federal e os governadores dos nove estados amazônicos e do Pantanal, nessa quarta-feira, 21, em Brasília/DF. O encontro foi realizado na sala de situação para monitoramento dos efeitos da estiagem na Amazônia e no Pantanal.
Na reunião, foram traçadas as diretrizes para o combate aos incêndios, incluindo a proibição e o combate ao uso e ao manejo do fogo durante os períodos de estiagem. As ações irão se concentrar em 21 municípios que representam mais de 50% dos focos de incêndio na Região Amazônica. Também foi discutida uma estratégia articulada que envolve órgãos federais, estaduais e municipais de defesa e fiscalização.
Apesar de o Tocantins não contar com nenhum município liderando este ranking, o secretárioMarcello Lelis anunciou que a pasta irá reunir todos os órgãos ambientais para alinhar e reforçar a estratégia de enfrentamento dos focos de incêndio, destacando o Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma) como um importante aliado nessa tarefa. “Esta reunião foi crucial para ajudar os estados a reforçarem essas ações, de forma coordenada e integrada”, enfatizou o secretário.
Maior seca dos últimos anos
A seca, considerada uma das mais severas dos últimos 20 anos, foi um dos temas discutidos.A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou o foco na Amazônia e nas regiões mais afetadas, como os municípios com maior número de focos de calor. A ministra ressaltou a necessidade de proibir e fiscalizar práticas históricas de uso do fogo para manejo da terra.
O secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, explicou que a Comissão Interministerial de Monitoramento e Ações de Combate a Incêndios reorganizará suas frentes de combate. Com 260 frentes de incêndio na Amazônia, o governo federal lidera ações em 178 delas, com quase 1,5 mil brigadistas em 89 brigadas. A ideia é criar três frentes interfederativas para lidar com os novos focos de calor, envolvendo diversas agências e órgãos de fiscalização.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também evidenciou o trabalho preventivo do governo federal, incluindo o controle do desmatamento e a formação de equipes de brigadistas. “Estamos enfrentando uma situação de emergência climática em mais de 1,5 mil municípios, devido à seca ou à cheia”, pontuou.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes,salientou o desafio climático, mencionando que a seca no Pantanal antecipou dois meses e que a estiagem na Amazônia também chegou mais cedo. “O período de seca será mais longo do que o usual”, alertou.
O governo federal tem monitorado a situação em três salas de situação, tratando das enchentes no Rio Grande do Sul, dos focos de incêndio no Pantanal e da estiagem na Amazônia. Até o momento, foram liberados R$ 13,4 milhões para ações de resposta ao desastre em Mato Grosso do Sul e R$ 11,7 milhões para a Região Amazônica.
Participantes
Os participantes da reunião incluíram os ministros da Casa Civil, Rui Costa; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; e da Secretaria de Comunicação da Presidência, Laércio Portela.
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