O primeiro convidado a utilizar a tribuna foi o atual presidente da APAE Camaçari, Marcondes Pereira, que fez um breve relato sobre o histórico da instituição e os desafios atuais para as pessoas atendidas pela unidade. “Precisamos enfatizar que a APAE tem o dever de ir buscar a melhoria para essa pessoa e sua família, seja nas áreas de saúde, educação, mobilidade, ou melhorias da condição social que refletem no dia a dia”, afirmou.
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Camaçari, Ubajareda Carvalho, disse que o momento é muito importante. “Estamos no período de eleições e é importante discutir com os candidatos a nossa pauta. Ela pode estar contemplada nos planos de governo e leis de diretrizes orçamentárias do município? Pois quando a gente vota, vota em uma pauta, em um projeto, e este projeto político precisa ser cobrado”, complementou.
O presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED), Rafael Gomes, que falou sobre como a associação auxilia os pacientes a adquirirem o canabidiol. “Apesar dos pacientes que utilizam o produto apresentarem uma grande melhoria que pode ser observada clinicamente, o alto custo do produto ainda é um empecilho para boa parte das famílias. O canabidiol é um medicamento de alto custo, mas é um direito seu ter o melhor produto para o seu benefício e de seu filho, não importa o valor”, defendeu.
Também fez uso da palavra Alécia Flávia Souza, que desenvolve seu trabalho na APAE cuidando das mães dos alunos da instituição, a partir do projeto “Autocuidado das mães das Escolas Especiais”. Em seguida, a palavra foi passada para a presidente da Associação Pestalozzi de Camaçari, Vanda Nunes, que falou sobre o surgimento do ensino de crianças especiais, que foi por conta de uma professora alfabetizadora do Escola Maria Quitéria que, em 1982, levou a pauta para a prefeitura, dando início ao movimento de Pestalozzi em Camaçari.
Por fim, o secretário da Saúde de Camaçari, Luiz Duplat, pontuou a transversalidade entre diferentes secretarias municipais para ajudar pessoas com deficiência e suas famílias a terem uma melhor qualidade de vida. Após sua fala foi aberto dois minutos para o público fazer perguntas. A primeira pessoa a questionar foi Sônia Maria, mãe de um aluno da APAE, que desabafou sobre sua dificuldade em conseguir um relatório médico para renovar o passe de seu filho, e ter acesso a medicamentos.
Para o vereador Dílson Magalhães Jr., o momento foi produtivo e tratou de demandas e aspectos importantes na luta pelos direitos da pessoa com deficiência. “Essa é uma pauta de extrema importância e, como agente público, precisamos estar atentos para essa luta, buscando soluções para minimizar todas as dificuldades e problemas enfrentados por essa comunidade. Falar de inclusão e acolhimento não deve ser somente nas redes sociais, mas através de políticas públicas que devem ser construídas e pensadas para garantir isso”, concluiu.