A Soldado da Polícia Militar do Piauí, Isabelle Nunes, representou a corporação e o estado no Study of the United States Institutes, um evento que teve duração de 40 dias e reuniu militares de várias partes do mundo, com idades entre 19 e 26 anos. Esta foi a primeira vez que a PMPI foi representada nesse evento, que permite aos participantes ter contato com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados Unidos, fortalecer o senso crítico, aprimorar o espírito de liderança e compartilhar conhecimentos sobre o militarismo. As aulas do encontro, que ocorriam das 7h da manhã às 19h, preparavam os militares para enfrentar situações de diferentes magnitudes.
Além de representantes do Brasil, o evento, que iniciou no dia 18 de junho e foi encerrado no dia 28 do mês passado, contou com a participação de militares do Cazaquistão, Zâmbia, Bósnia e Sri Lanka. Para Isabelle Nunes, representar a corporação nesse evento é motivo de orgulho.
“Cada vez mais, a gente tem visto a importância de ter policiais que sejam multidisciplinares. Me refiro ao fato de que os policiais precisam estar preparados para lidar com várias situações sociais que vão além do policiamento ostensivo e preventivo. E com formação em áreas diversas, em cursos diversos, porque a Corporação só tem a ganhar com isso. É importante que os policiais consigam expandir seus conhecimentos para lidar com o mundo", disse.
Segundo a policial, o curso foi uma oportunidade ímpar na sua carreira. "Tanto que você só faz esse curso uma vez e eu tive a oportunidade de conviver com militares do mundo inteiro e aprender a lidar com as diferenças. Cada um veio de uma formação acadêmica diferente, tem a sua forma de abordar os problemas e isso refletiu muito nos nossos debates. Foi muito legal e o Brasil saiu com uma imagem muito positiva, porque a gente falava muito, discutia muito e tinha um senso crítico bastante desenvolvido. Eu conseguia, tranquilamente, debater com eles, apresentar em inglês também. Então, foi muito bacana nessa parte de desenvolvimento pessoal”, explica Isabelle.
John McCain, referência no conservadorismo clássico norte-americano e conhecido mundialmente como “herói de guerra” dos EUA, o ex-militar que faleceu em 2018, foi homenageado no encontro.
“John McCain, que era militar e foi candidato à Presidência da República, era um líder estratégico em suas ações, sempre pensando as coisas com base em sua formação militar. A gente também leu o livro dele, que fez parte do curso e essa questão de entender a história de John McCain nos ajudou a aprofundar nossos conhecimentos sobre as leis estadunidenses”, pontua Isabelle.