Estamos na Estrada Siboney. Liga por uma estrada asfaltada a Cidade de Santiago de Cuba, a mais oriental, e o mar do Caribe, onde aí tem um Hotel, uma lembrança: saímos 6h45 de Havana em um Antonov caindo aos pedaços a hélice, duas se não me engano. Trinta e seis italianos. Dois brasileiros: Noelice e Eu. Agora estávamos no velho Antonov. Chuva torrencial. Bons pilotos, calmos, revolucionários que significa coragem. Outro mundo.
Nos serviram rindo. Vez por outra vinha o co-piloto muito calmo para apertar os parafusos da cadeira. Noelice acalmou uma moça de Milão: “Fique tranquila. A Ilha Heróica vence tudo”. Chuva torrencial igual só vimos na Cordilheira dos Andes. Chegamos a Houguin. Vento e chuva. Descemos.opa! Não era Santiago de Cuba. “Anda companheiros, o Antonov vai sair”. Lá vamos correndo. Ufa! Os italianos bateram palmas: “VIVA Cuba”. Todos: Viva.
Sobe o Antonov e o co-autor piloto apertando parafusos das cadeiras! Chegamos. Menos chuva! Agora uma ventania. Aquele Caribe é assim. Onde está Siboney, era o que interessa. Fomos para um Hotel ótimo. No dia seguinte: “A casita Siboney é essa”. Emoções gerais. Andei com Noelice calados pela redondeza. Na estrada, covas dos revolucionários mortos pela ditadura do imbecil Sargento Baptista. Li os nomes: estudantes, camponeses, jornalistas, escritores, trabalhadores. Cada um no seu “carneiro”.
Da casita Siboney saíram alguns homens para assaltar o Quartel Moncada, Fidel com 24 anos à frente. Perderam. Presos e mortos. A CIA ajudou. “ A HISTÓRIA me Absolverá”, a defesa de Fidel. E o absolveu. Vimos todo o Quartel Moncada. Balas nas paredes por todo o Quartel. Isso em 26/07.
Muitas vezes voltamos na região: SIERRA MAESTRA. Abaixo a Estrada de Siboney, a casita Museuzinho onde os revolucionários saíram para o Quartel Moncada. Hoje é em Cuba. Parece que só há três feriados. Assistimos um 26 de Julho com um milhão e meio de revolucionários, o povo cubano. Seis horas em pé!!! É dose.
Só mesmo aquele povo: 26.07: Assalto ao Quartel Moncada. VIVA O POVO Cubano.