Além dos projetos desenvolvidos pela Secretaria de Educação (Seduc) voltados para educação inclusiva, as escolas municipais também colocam em prática iniciativas próprias. As EMs José Crego Painceira, Bairro Caiçara, e Prof.ª Esmeralda dos Santos Novaes, Quietude, são duas que promovem ações específicas para esse público. Uma dessas atividades recebe o nome de Caixa de Recursos Concretos e atende pouco mais de 50 alunos ao somar as duas unidades.

A proposta pedagógica consiste na entrega de uma caixa aos alunos público-alvo da Educação Especial para que seja levada para casa. A embalagem é composta por itens diversificados e personalizados para atender às necessidades de cada estudante. O material é organizado desta forma com objetivo de oportunizar à criança a possibilidade de aprender e progredir de acordo com as suas capacidades.

Uma vez montada a caixa, os elementos são entregues para os pais e familiares dos estudantes. Por serem criadas de forma individual, elas contam com diversos itens que permitem, por exemplo, a estimulação da coordenação motora, ou mesmo, o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico/alfabetização e conceitos matemáticos. O projeto trabalha com 25 crianças da EM José Crego Painceira e 26 da EM Profª Esmeralda dos Santos Novaes.

Para que a Caixa de Recurso Concretos seja montada, os professores utilizam como referências as informações existentes no Plano Educacional Individualizado (PEI) para elaborar a melhor estratégia de ensino. O PEI é um documento que contém informações sobre o aluno público-alvo da Educação Especial. Todos os profissionais da área da educação que atuam com a criança têm acesso e podem municiar com dados referente ao estudante.

As famílias ficam responsáveis em executar as demandas inseridas dentro da caixa com os alunos em casa. De acordo com a assistente técnica pedagógica (ATP) das duas unidades, Caroline da Silva Neves Tarcha, ofeedbackdeles norteia as ações seguintes para que os professores possam acrescentar novos recursos às caixas. “Ou mesmo para que tracem novas estratégias, uma vez que também envolvemos os pais e responsáveis para que participem do processo”.