Ainda não é julho, mas prevenção e informação são necessárias o ano todo. E por isso mesmo a equipe do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) já iniciou a campanha do Julho Amarelo que tem como foco conscientizar e levar informações sobre hepatites virais à comunidade. Hoje, 328 pessoas realizam tratamento contra a hepatite B ou C em Sorriso.
No Município, duas ações deram o start à campanha: nos dias 20 e 21 a equipe do SAE esteve na Faculdade Fasipe e no último sábado, 22 de junho, foi dia de participar do projeto “Idoso Ativo e Feliz. Nos dois espaços foram ofertados testes rápidos e realizado palestras.
A enfermeira e coordenadora do SAE, Michelle Saldanha, frisa que durante todo o mês de julho, o Serviço estará voltado a ações de conscientização. Mas não é necessário esperar por uma palestra na empresa, na escola ou em outro ambiente. Qualquer pessoa que queira saber um pouco mais sobre hepatites pode e deve procurar o SAE para tirar dúvidas e também para a realização de testes rápidos. Anote aí:o SAE fica aberto das 7 às 11 horas pela manhã e das 13 às 17 horas à tarde, de segunda a sexta-feira. O Serviço atende na Avenida dos Imigrantes, n.º 2495, Centro Norte.
Michelle orienta que os exames tanto para hepatites B ou C; sífilis e HIV precisam ser incluídos aos hábitos de rotina. “Principalmente para quem tem uma vida sexual mais ativa a recomendação é fazer a cada seis meses o teste”, ressalta. Os quatro exames são ofertados pelo SAE. A coordenadora reforça outra dica: a importância do uso de preservativo em relações sexuais. "Esse é um método eficaz de se prevenir contra qualquer IST (Infecção Sexualmente Transmissível)", pontua.
Mais sobre o Julho Amarelo
O “Julho Amarelo”, foi instituído através da Lei 13.802, com objetivo de chamar a atenção para a luta contra às hepatites virais e reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. A estimativa do Ministério da Saúde é que cerca de 3 milhões da população brasileira pode ser portadora dos vírus B ou C e desconhecer a doença ou não realizar tratamento adequado.
Vale reforçar que a hepatite B não tem cura ainda, mas tem tratamento e pode ser evitada com a vacina disponível na rede pública. Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é ofertado no SUS.
Sintomas
Os sintomas da hepatite podem variar conforme o tipo de vírus envolvido, mas geralmente se manifestam na fase aguda da hepatite, através de:
Dor de cabeça e mal-estar geral;
Dor e inchaço abdominal;
Cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos;
Urina escura, semelhante à cor da coca-cola;
Fezes claras, como massa de vidraceiro;
Náuseas, vômitos e emagrecimento sem causa aparente.
Formas de transmissão:
A transmissão da hepatite pode ocorrer pelo contato oral-fecal ou pelo contato com o sangue contaminado. Algumas formas de contaminação mais comuns incluem:
Compartilhar seringas;
Ter relações sexuais sem preservativo;
Consumir alimentos ou água contaminados por fezes;
Contato com urina ou fezes de uma pessoa contaminada.
A ação no projeto Idoso Ativo e Feliz
Durante o projeto Idoso Ativo e Feliz, realizado no sábado, a manhã inteira foi dedicada ao tema “Sexualidade do Idoso” com a participação de vários profissionais. A médica geriatra Juliana Silveira abordou o tema sexualidade; a ginecologista e mastologista Denise Borba falou sobre Saúde da Mulher; a infectologista Ana Paula Fernandes trabalhou as infecções sexualmente transmissíveis; o enfermeiro Oseias Dallabarba falou sobre higiene pessoal e autocuidado e a própria Michelle trabalhou o tema prevenção às ISTs.
A manhã no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (CCPI) também contou com a participação dos acadêmicos do curso de fisioterapia da Faculdade Anhanguera, que deram dicas de alongamento e ginástica laboral.
As ações realizadas na semana passada foram organizadas pela Secretaria de Saúde e Saneamento por meio do departamento de Educação em Saúde em parceria com o SAE e as instituições de ensino.
Texto: Claudia Lazarotto
Fotos: Divulgação Semsas
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