A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) realizou, na segunda-feira (17), o I Simpósio referente ao protocolo internacional de gerenciamento do sangue do paciente ou na sigla em inglês Patient Blood Management (PBM), após quase um ano da apresentação oficial dessa ferramenta estratégica para a saúde pública no Estado feito pelo hemocentro em 2023. A instituição é referência no Pará em tratamentos de doenças do sangue não oncológicas.
Para o presidente do Hemopa, Paulo Bezerra, está é uma mudança de paradigma na estratégia do cuidado em saúde, especialmente na região amazônica e o Hemopa enxergou isso há algum tempo e está fazendo a implantação dessa ferramenta dentro da política pública de hematologia e hemoterapia, que vai trazer ao Estado do Pará, essas oportunidades de inovação, orientando e educando equipes multidisciplinares e multiprofissionais, treinando e ensinando que existem alternativas que devem ser aplicadas lá na ponta, no atendimento do paciente”, ressaltou o presidente.
“O cuidado com a saúde da mulher deve ser visto com atenção, especialmente na fase gestacional com um bom pré-natal, a importância da suplementação do ferro e a alimentação saudável e chegando ao momento do parto, atuar na minimização do sangramento, por meio de técnicas clínicas e cirúrgicas, e assim melhorar a condição do paciente, sendo na verdade dois pacientes, a mãe e o bebê”, destaca o médico.
A pesquisadora e professora de genética da Escola Paulista de Medicina na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Isabel Céspedes, destaca a importância do PBM para a utilização do sangue.
A gestão da Fundação Hemopa reúne esforços para garantir uma política do sangue centrada fundamentalmente na saúde e bem estar do paciente. A médica hematologista da Fundação Hemopa, Selma Soriano, coordenadora das ações para a implementação do PBM no hemocentro paraense, ressalta a importância da avaliação de estratégias para melhorar a segurança do paciente e também otimizar o uso dos recursos públicos. “Nós estamos à disposição para levar o Patient Blood Management para os demais agentes da saúde pública do Estado. O Hemopa fez parte, no ano passado, do Consenso Brasileiro do Gerenciamento do Sangue do Paciente, contribuindo desta forma para o Brasil e também a nível internacional, estando à frente da implantação e implementação do PBM no estado do Pará”, concluiu a médica.
Texto de Ascom /Hemopa, com colaboração de Beatriz Cunha