A criação dos colégios cívico-militares foi proposta com base na premissa de que, com o uso da disciplina militar, o desempenho dos alunos seria elevado. Com base nesta premissa, os colégios militares do Brasil deveriam liderar nas notas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação do Brasil) que mede o desempenho das escolas. Não é o que apresenta a lista das 100 melhores escolas públicas do Brasil.

Das 100 melhores escolas do Brasil, apenas 5 escolas/ colégios militares apareceram na lista com elevado desempenho com base no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação do Brasil) (Ver as 100 melhores escolas públicas do Brasil acessando o website <https://bkpsitecpsnew.blob.core.windows.net/uploadsitecps/sites/1/2020/09/20.09.15-100-Melhores-escolas-publicas-do-Brasil-1.pdf>). Entre as 10 melhores escolas, 8 não são militares e apenas duas escolas militares se destacaram: Escola Preparatória de Cadetes do Ar em segundo lugar e o Colégio Militar de Salvador em sétimo lugar (Ver o anexo apresentando as 10 melhores escolas do Brasil).

Não há, portanto, justificativa para a implantação de colégios cívico- militares no Brasil. Em nenhum país do mundo de elevado desempenho educacional, houve a implantação de colégios militares ou cívico-militares para promover o desenvolvimento da educação. Transformar escola em quartel é um retrocesso que precisa ser combatido.