A maternidade é considerada como um dos maiores desafios na vida da uma mulher, mas quando se trata de mães com filhos que necessitam de cuidados específicos, essa realidade se torna ainda mais desafiadora. Diante de tantas demandas, essas mães deixam de priorizar o seu próprio bem-estar e o autocuidado e, com isso, podem chegar em um estado de esgotamento. Pensando nisso, a Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, promoveu nessa quarta-feira (08), um momento voltado para o acolhimento, cuidado e interação com as mães dos estudantes da rede municipal de ensino que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou deficiências diversas. O evento contou com a parceria da Associação de Amigos do Autista do Vale do São Francisco (AAMAVASF).
O evento teve na sua programação, técnicas de respiração com um fisioterapeuta, momentos para maquiagem, palestra com uma psicóloga, dinâmicas de integração, momento de escuta e acolhimento, música e lanche. A gestora da Escola do Saber, Midian de Castro, destaca que iniciativas como estas são fundamentais para cuidar de quem cuida. “É cada vez mais necessário trocar experiências e ter um espaço de compreensão e reflexão acerca do autocuidado e bem-estar das mães que têm filhos com deficiências intelectuais ou físicas. O impacto do diagnóstico, a reestruturação familiar e da vida das mães atípicas impactam em saúde mental, já que geralmente a maioria dos cuidados com os filhos recai sobre elas, seja por necessidade ou opção de cuidar e auxiliar da melhor maneira de seus filhos. Esse encontro foi um momento muito importante para essas mulheres, que tantas batalhas enfrentam no dia a dia“, complementa Midian.
Magda Lima é mãe de três estudantes da rede municipal com deficiência intelectual, e fala sobre ia experiência em participar desse encontro agradável e de muito conhecimento. “Foi um momento para nós vermos que não estamos sozinhas, uma manhã de acolhimento, de carinho, de suporte. Como foi bom ser cuidada hoje e receber toda essa atenção. Não só meus filhos são acolhidos pela Rede de Ensino de Petrolina, nós, mães atípicas, também somos. Isso é maravilhoso e gratificante“, relatou Magda.