Economia Negócios
Diversidade nas empresas pode trazer resultados financeiros
Pesquisa afirma que empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança têm maiores chances de superar seus concorrentes no quesito ren...
16/04/2024 15h14
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino

O que para muitos é impressão, na verdade é um fato: existem mais mulheres do que homens no Brasil. Segundo os dados do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elas representam mais da metade da população brasileira. 

E, pouco a pouco, as mulheres vêm conquistando seu lugar de direito no mercado de trabalho, e também ganhando um pouco mais de espaço em altos cargos em grandes empresas.

Mais do que uma questão de equidade de gênero, está provado que a diversidade em posições de liderança conduz as empresas a melhores resultados – inclusive financeiros. Isso é o que mostra um relatório da McKinsey & Company intitulado Delivering Through Diversity.

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De acordo com o estudo, a diversidade de gênero se relaciona tanto com a rentabilidade quanto com a criação de valor de uma empresa. Segundo ele, 21% das companhias que investem em diversidade nas lideranças são mais propensas a superar os concorrentes em termos financeiros. 

Para a empresária e profissional da área de tecnologia Cristina Boner, essa pesquisa destaca uma realidade importante e um potencial ainda não totalmente explorado em muitas empresas e setores. “A presença de mulheres em posições de liderança traz uma diversidade de perspectivas que é crucial para o sucesso e a inovação nos negócios”, destaca.

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Diversidade de gênero é questão de inteligência empresarial

Boner defende que “a diversidade no pensamento e na experiência contribui para uma maior criatividade, tomada de decisão mais eficaz e uma melhor compreensão do mercado e dos consumidores. Isso se reflete diretamente no desempenho acima da média que a pesquisa menciona”.

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O relatório da McKinsey & Company vai ao encontro do Panorama Mulheres 2023, pesquisa realizada pelo Insper em parceria com a Talenses Group e recentemente divulgada. Segundo o estudo, 17% dos cargos de presidência no Brasil são ocupados por mulheres.

O valor ainda é baixo, mas representa um aumento positivo se comparado a 2019, quando apenas 13% das posições eram ocupadas por mulheres. Em 2017, primeiro ano da série histórica, esse valor era de 8%. Ou seja, ainda há um longo caminho a percorrer.

Cristina Boner vê nisso não apenas uma oportunidade de promover a justiça social, mas também de inteligência empresarial. Para ela, companhias que promovem a diversidade de gênero em altos cargos tendem a ter maior adaptabilidade e enfrentam melhor desafios e panoramas complexos. “Isso porque equipes diversificadas são mais propensas a questionar suposições, considerar uma gama mais ampla de opções e abordar problemas de maneiras inovadoras”.

A empresária também enfatiza que o aumento da representatividade feminina pode ser um catalisador de mudanças culturais dentro de uma organização, “promovendo um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo para todos”. E um bom ambiente organizacional é um chamariz para a atração e retenção de talentos, além de aumentar a satisfação e o engajamento no trabalho. 

O caminho para a ascensão feminina

O Panorama Mulheres 2023 destaca que a presença feminina também cresceu em outros cargos de liderança além da presidência. A participação de mulheres nos conselhos administrativos foi de 10% em 2017 para 21% em 2023, enquanto nas vice-presidências o salto foi de 18% para 34% no mesmo intervalo de tempo.

O cenário é promissor. Contudo, Cristina chama atenção para o fato de que investir em diversidade não se resume somente a promover as mulheres. Para ela, tão importante quanto isso é as companhias criarem condições para que elas possam prosperar e ascender.  “Isso inclui políticas de trabalho flexíveis, oportunidades de desenvolvimento profissional e uma cultura corporativa que valoriza e celebra a diversidade”, pontua.

“Ao fazer isso, as empresas não estarão apenas melhorando seu desempenho, mas também contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária”, explica a profissional.

Para mais informações, basta acessar:  Cristina Boner | LinkedIn