As águas do Rio Acre estão em constante vazante, após atingir a segunda maior cota registrada em Rio Branco há uma semana. No último dia 6, o manancial chegou à cota de 17,89 m. Antes disso, a segunda maior cheia havia sido em 3 de abril do ano passado, com 17,72 m. A maior cota já registrada foi em 4 de março de 2015, com 18,40 m. Já na manhã desta quinta-feira, 14, o rio se mantém abaixo dos 10 m.
Imagens feitas de drone pelo fotógrafo Pedro Devani mostram como ficaram alguns pontos da capital acreana antes e depois da cheia. Durante a enchente, pontos encobertos pelas águas, e, após ela, o rastro de lama deixado pela subida do rio.
Os órgãos de Proteção e Defesa Civil Estadual então iniciam uma segunda etapa desse plano de atendimento: o monitoramento. A estimativa é que mais de 150 mil pessoas tenham sido atingidas nesse que já éconsiderado o maior desastre ambiental no estadoem termos de proporção, atingindo 86% do estado acreano, sendo que 14 cidades ficaram em situação mais crítica.
Durante a cheia, foram montados 110 abrigos, que atenderam 10.410 pessoas. Além disso, foram 18.542 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, explica que é necessário atenção ao voltar para casa.
“Neste momento de retorno das famílias para as suas residências, é feita uma vistoria técnica nessas casas, para ver as condições de limpeza e segurança. Às residências que oferecem condições de retorno, as famílias retornam, mas quando a casa se encontra danificada ou destruída, as famílias permanecem no abrigo até serem levadas a um aluguel social. Isso é feito com todas as famílias”, esclarece.
As pessoas que saíram por conta própria, ou seja, as desalojadas, precisam ficar atentas nesse retorno. “Se perceberem que a casa está danificada e oferecendo algum risco, precisam entrar em contato com a Defesa Civil do município, ou por meio do telefone 193 do Corpo de Bombeiros. Uma equipe vai até o local fazer a vistoria, para analisar as condições de segurança da residência”, reforça.
A orientação da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros é que todas as famílias que precisaram sair de suas casas tenham “o máximo de cuidado no retorno, em relação às condições da residência, fiação elétrica, animais peçonhentos e qualquer outro tipo de acidente”.
1º) 18,40 m – 4 de março de 2015
2º) 17,89 m – 6 de março de 2023
3º) 17,72m – 3 de abril de 2023
4º) 17,66m – 14 de março de 1997
5º) 17,60m – 25 de fevereiro de 2012
6º) 17,11m – 17 de fevereiro de 1988
7º) 17,01m – 12 de março de 2014
8º) 16,90m – 26 de dezembro de 1978
9º) 16,86m – 4 de abril de 1974
10º) 16,72m – 21 de fevereiro de 2006
11º) 16,37m – 29 de março de 1979