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Cidasc inicia procedimento de levantamento de detecção da praga Amaranthus palmeri no território catarinense
Foto: Dionisio GazzieroA Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicou a Instrução de Serviço Didag n.º 01/2024 , de 05...
13/03/2024 21h03
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom SC

Foto: Dionisio Gazziero

A Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicou a Instrução de Serviço Didag n.º 01/2024 , de 05 de março de 2024, com o objetivo de identificar as propriedades com risco de introdução deAmaranthus palmeri, planta daninha exótica classificada como praga quarentenária de difícil controle, conhecida como “caruru gigante”, de crescimento rápido e extremamente agressivo, que se adapta com facilidade a diferentes ambientes e condições climáticas, além de possuir resistência a alguns herbicidas.

O gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) da Cidasc, Alexandre Mees, explica que o trabalho necessita da união de esforços, não apenas dos auxiliares operacionais agropecuários, que trabalham nos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFF), mas também dos transportadores das máquinas.

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“Os profissionais realizam uma atividade decisiva, que promove medidas de proteção sanitária, porém, até então, os transportadores não tinham em sua rotina a parada nos Postos de Fiscalização da Cidasc. Precisamos do apoio de quem transita em outros estados com máquinas agrícolas. Basta parar num posto de fiscalização para uma inspeção rápida e fornecer as informações solicitadas. Com esta nova diretriz para atuar de forma educativa, orientando quanto a importância da limpeza das máquinas, conseguimos também identificar propriedades de maior risco de introdução de pragas, possibilitando vistorias preventivas nestes locais”, pontua Mees.

“Vale ressaltar que a vigilância busca prevenir a introdução de pragas em nosso estado, como, por exemplo, fungos, bactérias, insetos e plantas daninhas, que colocam em risco a sanidade dos pomares e lavouras. É um sistema que funciona o ano inteiro, 24 horas por dia, 7 dias por semana, que será de grande importância para evitar a dispersão desta praga”, complementa Mees.

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Amaranthus palmeripode cruzar com outras espécies do gênero, inclusive transferindo genes de resistência, com risco potencial de reduzir a produtividade de muitas culturas, dentre elas a soja, o milho, o feijão e algodão em até 90%. 

Não há registro da praga em solo catarinense, mas já foi observada em plantações de municípios de Mato Grosso, desde 2015, e, mais recentemente, em Aral Moreira e Naviraí, no Mato Grosso do Sul, o último próximo à divisa com o Paraná. Relatos indicam que uma planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. Portanto, com alto potencial de disseminação nos campos de produção agrícola e pode ser facilmente confundido com outras espécies que vegetam no Brasil, especialmenteA. spinosus(caruru de espinho). 

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“OAmaranthus palmerié uma espécie com grande capacidade competitiva, que pode levar a perdas significativas de produtividade. O trânsito de máquinas com solo aderido ou restos culturais é um grande dispersor de pragas. No caso do Amaranthus, a atenção está focada em máquinas que tenham executado serviços em regiões com ocorrência. Mas queremos aumentar a vigilância para conhecer mais a fundo o fluxo de máquinas no trânsito interestadual para poder prevenir também outras pragas”, destaca Diogo Antônio Deoti engenheiro-agrônomo da Cidasc. 

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