Este é o resumo do artigo de 11 páginas que tem o objetivo de apresentar o que precisa ser realizado para contribuir na adoção de soluções científicas e tecnológicas para evitar a extinção da humanidade das ameaças existentes no espaço exterior e que possam atingir o planeta Terra. As ameaças à sobrevivência da humanidade foram analisadas nos livros de nossa autoria “A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência” tendo como subtítulo “Como salvar a humanidade das ameaças à sua extinção” publicado pela Editora Dialética de São Paulo em 2021e “How to protect human beings from threats to their existence and avoid the extinction of humanity” publicado pela Generis Publishing da Europa (Chișinău, Republic of Moldova) em 2023.
São inúmeras as ameaças à sobrevivência da humanidade vindas do espaço exterior hoje e no futuro a curto, médio e longo prazo. As ameaças existentes no espaço exterior dizem respeito à: 1) colisão sobre o planeta Terra de asteroides, cometas ou pedaços de cometas; 2) colisão sobre o planeta Terra de planetas do sistema solar; 3) colisão sobre o planeta Terra de planetas órfãos que vagam pelo espaço sideral; 4) emissão de raios cósmicos, especialmente os raios gama emitidos por estrelas supernovas; 5) consequências catastróficas sobre o meio ambiente da Terra resultantes do afastamento contínuo da Lua em relação à Terra; 6) morte do Sol; 7) colisão das galáxias Andrômeda e Via Láctea onde se localiza a Terra; e, 8) fim do Universo. Todos esses eventos catastróficos, que poderão ocorrer a curto, médio e longo prazo, podem contribuir para que a humanidade seja levada à sua extinção como espécie se nada for feito para proteger a humanidade a curto, médio e longo prazo.
Para lidar com asteroides que possam colidir com o planeta Terra, a estratégia consiste em desviá-los de seu curso se forem detectados com tempo suficiente para lançar interceptadores. A mesma solução deve ser adotada para cometas cujos pedaços possam atingir o planeta Terra. É bastante importante que haja um constante monitoramento do espaço para identificar não apenas asteroides, mas também, cometas ou pedaços de cometas, que podem colidir com a Terra e sejam desenvolvidos foguetes poderosos capazes de desviá-los de suas rotas. Outra alternativa é destruir asteroides e cometas ameaçadores com o uso de bombas nucleares se eles estiverem a grande distância do planeta Terra. A colisão sobre o planeta Terra de planetas do sistema solar requer a adoção de estratégias para promover um constante monitoramento do espaço para identificar a ameaça de desestabilização do sistema solar pelo planeta Mercúrio e outros planetas e sejam realizadas pesquisas para identificar possíveis locais fora do sistema solar com possibilidade de serem habitados pelos seres humanos para planejar sua fuga como é o caso para o exoplaneta "Proxima b" que orbita uma estrela integrante do sistema Alpha Centauri, o mais próximo do sistema solar, onde seriam implantadas colônias espaciais que exigiriam grande avanço científico e tecnológico para viabilizá-las.
A colisão sobre o planeta Terra de planetas órfãos que vagam no espaço exterior requer um constante monitoramento do espaço para identificar planetas órfãos que possam colidir com a Terra e determinar a época de sua colisão visando a adoção de medidas que apontem a necessidade de planejar a fuga dos seres humanos para outros locais situados no sistema solar como Marte, Titan (lua de Saturno) e Callisto (lua de Júpiter) com possibilidade de serem habitados por seres humanos com a implantação de colônias espaciais que exigiriam grande avanço científico e tecnológico para viabilizá-las. A emissão de raios cósmicos vindos do Sol e do espaço exterior requer a adoção de estratégias que permitam: 1) utilizar o satélite Soho que atua na posição intermediária entre a Terra e o Sol para detectar explosões na superfície solar e enviar mensagens sobre a chegada da tempestade cósmica à Terra para evitar danos sobre as redes das distribuidoras de energia elétrica e as operadoras de satélite possam se proteger, corrigindo cursos de satélites ou desligando seus equipamentos; e, 2) proteger os seres humanos da radiação cósmica em viagens espaciais de longa duração no espaço exterior promovendo avanços científicos e tecnológicos além de aumentar a capacidade biológica dos seres humanos para realizarem viagens espaciais e viverem fora da Terra.
A emissão de raios gama emitidos por estrelas supernovas, que têm o poder de aniquilar a vida na Terra, requer a adoção de estratégias que permitam: 1) a colonização de outros mundos no sistema solar, como Marte entre outros, antes da explosão de alguma estrela supernova cujos raios gama possam alcançar o planeta Terra; e, 2) monitorar a explosão de estrelas supernovas permanentemente para avaliar se a Terra poderá ser atingida por raios gama para que, se possível, antes e durante a ocorrência de sua explosão, sejam adotadas as medidas necessárias visando a fuga dos seres humanos para locais com possibilidade de serem habitados no sistema solar como Marte, Titan (lua de Saturno) e Callisto (lua de Júpiter. As consequências catastróficas sobre o meio ambiente da Terra resultantes do afastamento contínuo da Lua em relação à Terra resultam do fato de haver entre a Terra e seu satélite uma forte ligação gravitacional. Como a Terra gira em seu eixo mais rápido do que a Lua gira em torno da Terra, a maior força de gravidade do relevo de água na Terra tenta acelerar a rotação da Lua, enquanto a Lua atrai a Terra e retarda a rotação do planeta. Com esse atrito, esse “cabo de guerra” força a Lua a uma órbita mais ampla se afastando da Terra. Esse processo deve continuar até que a Lua, que hoje está à distância da Terra de 384.400 km, alcance 560 mil quilômetros. Quando isto acontecer, os dias na Terra ficarão progressivamente mais longos. Durante a noite, as temperaturas matariam todo mundo de frio. Ao longo do dia, ninguém suportaria o calor. No litoral, haveria ventos violentíssimos de 200 km/h. Em termos de vida não sobraria quase nada, a não ser bactérias e vermes super-resistentes. O contínuo afastamento da Lua em relação à Terra exigirá a adoção de estratégias de fuga dos seres humanos para locais com possibilidade de serem habitados por seres humanos no sistema solar, quando necessário (Marte, Titan - lua de Saturno e Callisto - lua de Júpiter).
A morte do Sol ocorrerá quando seu combustível (hidrogênio) for consumido, sua temperatura for aumentando e sofrer expansão. Enquanto cresce, o Sol perde massa e morre levando ao fim o sistema solar. Nessa fase, ela é chamada de gigante vermelha. Cálculos dos astrônomos indicam que, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha, o diâmetro do Sol na sua linha do equador vai crescer ao ponto de ultrapassar o planeta Marte, consumindo todos os planetas rochosos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. E esse será, de fato, o fim do planeta Terra. A evolução do Sol até a sua morte requer estratégias de fuga dos seres humanos da Terra para locais com possibilidade de serem habitados em outros sistemas estelares antes da morte do Sol, como o exoplaneta "Proxima b" orbitando a estrela mais próxima do Sol integrante do sistema Alpha Centauri que dista 4.2 anos-luz da Terra que corresponde a 39.9 trilhões de quilômetros de distância. A colisão das galáxias Andrômeda e Via Láctea acontecerá daqui a aproximadamente quatro bilhões de anos, segundo cientistas da NASA. Ambas as galáxias estão se atraindo mutuamente graças à força da gravidade que age entre os corpos. A colisão das galáxias Andrômeda e Via Láctea requer a adoção de estratégias de fuga dos seres humanos para locais com possibilidade de serem habitados em outras galáxias antes da colisão das galáxias Andrômeda e Via Láctea, como a Galáxia Anã do Cão Maior situada a 25 mil anos-luz da Terra, que corresponde a 237.500 trilhões de quilômetros de distância da Terra, que é uma galáxia satélite da Via Láctea situada na constelação do Cão Maior, ou a Grande Nuvem de Magalhães que se situa a 163 mil anos-luz da Terra, que corresponde a 1.548.500 trilhões de quilômetros de distância da Terra.
O fim do Universo, que tem 13,8 bilhões de anos desde o Big Bang, poderá ocorrer considerando três cenários: 1) a morte térmica do Universo; 2) o grande colapso (Big Crunch) do Universo; ou, 3) a grande ruptura (Big Rip) do Universo. A morte térmica do Universo, considerado o cenário mais provável para o fim do Universo, poderá ocorrer entre 1 e 100 trilhões de anos se o Universo continuar expandindo como atualmente. Em uma escala de tempo na ordem de um trilhão de anos, as estrelas existentes se extinguirão, e o Universo ficará escuro se aproximando de um estado altamente entrópico. Em uma escala de tempo muito mais longa, as galáxias entrarão em colapso nos buracos negros que consequentemente irão evaporar. O Universo será levado ao estado de congelamento. Com o Big Crunch ou Grande Colapso do Universo, cenário que poderia ocorrer daqui a 100 bilhões de anos, depois da expansão, o Universo entraria em contração devido à atração gravitacional até entrar em colapso sobre si mesmo que seria análogo a uma inversão do Big Bang. Este cenário pressupõe um Universo oscilatório, como um modelo cíclico que conflita, entretanto, com as observações atuais que sugerem que esse modelo de universo provavelmente não está correto porque a expansão do Universo tende a continuar. Com o Big Rip ou Grande Ruptura do Universo, que poderia acontecer daqui a 130 bilhões de anos, a taxa de expansão do Universo aumentaria sem limite. Sistemas ligados gravitacionalmente, tais como aglomerados de galáxias, galáxias e, em última instância, o sistema solar seriam despedaçados. A expansão do Universo seria tão rápida que iria superar as forças eletromagnéticas que mantêm moléculas e átomos juntos. Os núcleos atômicos seriam, também, despedaçados e o Universo se expandiria tanto que a força eletromagnética que mantém as coisas juntas cairia fazendo com que tudo se desmorone. Com o fim do Universo, a existência de universos paralelos abre a possibilidade de os seres humanos sobreviverem se dirigindo para outros universos paralelos.
Pelo exposto, a única possibilidade de a humanidade evitar sua extinção de todas as ameaças vindas do espaço exterior consiste em os seres humanos se espalharem e colonizarem outros mundos no Universo. A única ameaça que não demanda a fuga de seres humanos para outros mundos no sistema solar ou fora dele é a da colisão sobre o planeta Terra de asteroides e cometas ou pedaços de cometas, As demais ameaças exigirão a fuga dos seres humanos para outros mundos. Para evitar as ameaças de extinção da humanidade, é preciso enfrentar os desafios apresentados no artigo de nossa autoria, Os desafios humanos da conquista do espaço e da colonização de outros mundos [14], os quais estão descritos a seguir:
1- Produção de foguetes que alcancem velocidades próximas à da luz para viajar pelos confins do Universo
2- Produção de tecnologias capazes de proteger os seres humanos em viagens espaciais
3- Identificação de outros mundos similares à Terra capazes de serem habitáveis pelos seres humanos
4- Capacitação do ser humano para sobreviver no espaço e em locais habitáveis fora da Terra
O primeiro grande desafio humano é o da produção de foguetes que sejam capazes de alcançar velocidades próximas à velocidade da luz (300.000 Km/s) haja vista a necessidade de promover viagens intergalácticas dos seres humanos pelos confins do Universo e, até mesmo, para universos paralelos. O segundo grande desafio humano é o da produção de tecnologias capazes de proteger os seres humanos em viagens espaciais as seguintes como as que a NASA está desenvolvendo para proteger humanos em Marte. O terceiro grande desafio humano é o da identificação de outros mundos similares à Terra capazes de serem habitáveis pelos seres humanos projetando e enviando sondas espaciais para realizarem pesquisas nos locais possíveis dentro e fora do sistema solar. O quarto grande desafio humano é o da capacitação dos seres humanos para sobreviverem no espaço e em locais habitáveis fora da Terra. A colonização de Marte e de outros mundos no Universo indica que há extrema necessidade de desenvolvimento de seres humanos mais evoluídos biologicamente com o uso da ciência e da tecnologia para fazer com que desafiem os limites impostos pela natureza e sobrevivam como espécie hoje e no futuro.
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Para ler o artigo completo de 11 páginas em Português, Inglês e Francês, acessar os websites do Academia.edu <https://www.academia.edu/