Meio Ambiente Monitoramento
Boletim Enchentes – 1º de março
Diante das inundações causadas pela elevação dos níveis dos rios e igarapés, o Estado do Acre teve situação de emergência reconhecida pela Secretar...
01/03/2024 09h09
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Secom Acre

Diante das inundações causadas pela elevação dos níveis dos rios e igarapés, o Estado do Acre teve situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no dia 26 de fevereiro. O governo estadual está realizando um trabalho incessante para prestar assistência aos 19 municípios afetados.

Segundo a Defesa Civil, o número de pessoas afetadas pela alagação já ultrapassa mais de 100 mil em todo o estado.Dentro desse quantitativo estão as pessoas desabrigadas, as desalojadas e aquelas que, mesmo com a chegada das águas, não saíram de suas casas.

O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta sexta-feira, 1º de março, chegou a17,22m, na capital.

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Nesta quinta-feira, 29,o governador do Acre, Gladson Cameli, deu continuidade à agenda nas cidades afetadas pela cheia dos rios do estado e esteve em Santa Rosa do Purus, município de difícil acesso, que registrou cheia histórica, chegando a 11,12m nos últimos dias, 2,12m acima da cota de transbordamento, que é de 9m.

O governador Gladson Cameli também visitou Jordão, uma das cidades mais atingidas pela cheia dos rios acreanos, chegando a ter 80% da população afetada, e garantiu apoio na reconstrução do município.

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Ainda como parte da agenda aos municípios atingidos pela cheia dos rios no Acre,o governador esteve em Cruzeiro do Sul nesta quinta-feira, 29, e colocou à disposição do Município a estrutura do Estado.O chefe do Executivo navegou pelo Rio Juruá, que chegou à marca de 13,30m, registrando 30cm acima da cota de transbordamento, que é de 13m.

Com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), nas 12 cidades onde a situação é mais crítica, há 75 abrigos públicos atendendo 7.998 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.089 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.

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Veja os números por cidade

RIO BRANCO

Pessoas desabrigadas: 1.339

Pessoas desalojadas: 954

Nº de bairros atingidos: 40

Abrigos: 11

PLÁCIDO DE CASTRO (sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 232

Pessoas desalojadas: 1.500

Nº de bairros atingidos: 13

Abrigos: 2

XAPURI

Pessoas desabrigadas: 166

Pessoas desalojadas: 505

Nº de bairros atingidos: 7

Abrigos: 7

TARAUACÁ(sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 253

Pessoas desalojadas: 2487

Nº de bairros atingidos: 5

Abrigos: 2

ASSIS BRASIL (sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 340

Pessoas desalojadas: 125

Nº de bairros atingidos: 4

Abrigos: 4

JORDÃO (sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 1.706

Pessoas desalojadas: 2.061

Nº de bairros atingidos: 4

Abrigos: 7

SENA MADUREIRA

Pessoas desabrigadas: 215

Pessoas desalojadas: 17

Nº de bairros atingidos: 7

Abrigos: 3

EPITACIOLÂNDIA

Pessoas desabrigadas: 1.754

Pessoas desalojadas: 2.150

Nº de bairros atingidos: 6

Abrigos: 11

SANTA ROSA DO PURUS (sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 521

Pessoas desalojadas: 960

Nº de bairros atingidos: 2

Abrigos: 6

BRASILEIA

Pessoas desabrigadas: 1.276

Pessoas desalojadas: 2.220

Nº de bairros atingidos: 12

Abrigos: 16

MARECHAL THAUMATURGO (sem atualização)

Pessoas desabrigadas: 192

Pessoas desalojadas: 2.110

Nº de bairros atingidos: 3

Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119

Abrigos: 5

MANOEL URBANO

Pessoas desabrigadas: 4

Pessoas desalojadas: 0

Nº de bairros atingidos: 2

Abrigos: 1

Em caso de emergência, ligue 193

Para solicitar atendimento em decorrência das chuvas, basta entrar em contato com o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), por meio do 193.

Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.

Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.

Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.

Previsão para sexta-feira, 1º de março

Segundo o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), baseado em dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), nesta sexta-feira, 1º de março, a corrente de vento em altos níveis da atmosfera está favorecendo a organização de áreas de instabilidade sobre todo o Acre e continuará atuando na região.

A previsão é de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia nas cidades do oeste acreano. Já na capital e demais regiões do estado, a previsão é de sol entre nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas entre a tarde e a noite. Há possibilidade de grandes volumes de chuva em todo o estado.

Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.

Cuidado com a rede elétrica

Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta os clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, deve-se desligar o disjuntor de energia (chave-geral).

A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia, por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.

A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo na rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e call center 0800-647-7196.