Economia Negócios
Amazônia brasileira detém a energia do futuro
Região tem capacidade de produzir cerca de 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano, equivalente a um pré-sal verde
29/02/2024 15h35
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino

A Amazônia brasileira detém a energia do futuro. Para o Grupo BBF, produtor de óleo de palma na América Latina, a palma de óleo, também conhecida por dendê, tem potencial de transformar o Brasil líder na produção de combustíveis avançados, além de descarbonizar a Amazônia Legal.

O Brasil, tem o potencial de cultivar a palma de forma totalmente sustentável, em cerca de 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica, segundo robusto trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A legislação brasileira para o cultivo da palma conta com o Decreto 7.172, estabelecido em 2010 pelo Governo Federal, e é considerada a mais rígida do mundo neste setor, pois permite que a palma seja cultivada apenas em áreas que foram desmatadas na região amazônica até dezembro de 2007.

De acordo com o CEO do Grupo BBF, a palma é um exemplo de cultura que alia a recuperação do bioma, a substituição de matérias-primas fósseis por renováveis, além da geração de emprego e renda para a população local. “A partir do óleo de palma é possível falar de bioeconomia dentro dos setores elétrico, químico e de biocombustíveis, além do agronegócio. A região tem um verdadeiro pré-sal verde”, afirma.

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“Apesar de seu cultivo ser permitido em toda essa área, sem derrubar uma árvore sequer de floresta, hoje, a palma é plantada em apenas 300 mil hectares no Brasil, aproximadamente, sendo 75 mil hectares deles do Grupo BBF. “A conta deste “pré-sal verde” sustentável traz ainda números gigantescos para a economia brasileira: cada hectare é capaz de gerar até 6 mil litros de óleo de palma. 6 mil litros vezes 31 milhões de hectares dá ao Brasil a oportunidade de produzir 186 bilhões de litros de óleo de palma por ano. Número superior ao volume de petróleo extraído pela Petrobras em 2022 – que foi de cerca de 175 bilhões de litros”, afirma o executivo.

Atualmente, a produção brasileira de óleo de palma ainda é tímida, colocando o país na décima posição do ranking de maiores produtores, segundo o United States Department of Agriculture (USDA). A produção desse óleo, que é o mais consumido no mundo, é concentrada na Indonésia, Malásia e Tailândia, países que detém 87% da produção mundial, estimada em cerca de 80 milhões de toneladas por ano.

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A partir de 2026, o Grupo BBF vai iniciar o fornecimento de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e Diesel Verde (RD). A matéria-prima para os biocombustíveis avançados será o óleo de palma cultivado pelo Grupo BBF na região Amazônica. Já o refino será feito na primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial, , que terá a capacidade de produzir cerca de 500 milhões de litros anualmente de SAF e Diesel Verde.

Além disso, o Grupo BBF gera energia elétrica limpa e renovável para mais de 140 mil moradores de localidades isoladas da Amazônia, atendidos pelos Sistemas Isolados, com 25 usinas termelétricas em operação, movidas por biocombustíveis produzidos a partir do óleo de palma. A Companhia desenvolveu um modelo de negócio verticalizado e integrado, gerando cerca de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, contribuindo significativamente com o desenvolvimento sustentável da região Norte, mantendo a floresta em pé, oferecendo gerando renda e oportunidades para milhares de amazônidas nos 5 estados onde atua.

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Sobre o Grupo BBF

O Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira fundada em 2008, é a maior produtora de óleo de palma da América Latina, com área cultivada superior a 75 mil hectares e capacidade de produção de 200 mil toneladas de óleo por ano. A empresa é pioneira na criação de soluções sustentáveis para a geração de energia renovável nos sistemas isolados, com usinas termelétricas movidas a biocombustíveis produzidos na região. Sua atividade agrícola recupera áreas que foram degradadas até 2007 na Amazônia, seguindo o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (ZAE), aprovado pelo Decreto 7.172 do Governo Federal, de 7 de maio de 2010.

O Grupo BBF criou um modelo de negócio integrado em que atua do início ao fim da cadeia de valor - desde o cultivo sustentável da palma de óleo, extração do óleo bruto, produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia renovável – com ativos totalizando cerca de R$ 2,2 bilhões e atividades gerando cerca de 6 mil empregos diretos na região Norte do Brasil. As operações do Grupo BBF estão situadas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Pará, compreendendo 38 usinas termelétricas (25 em operação e 13 em implementação), 3 unidades de esmagamento de palma de óleo, uma extrusora de soja e uma indústria de biodiesel.

A empresa está expandindo sua oferta de biocombustíveis e firmou parcerias para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e Diesel Verde (RD). Os novos combustíveis sustentáveis serão produzidos a partir de 2026 na primeira Biorrefinaria do país, em fase de construção na Zona Franca de Manaus (AM).