O estado do Piauí lidera na região Nordeste, pelo 2º ano consecutivo, o resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. O estado ainda ocupa o quinto lugar no Brasil, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). Em 2023, foram 159 resgates, apresentando uma redução de 8,8% em relação ao ano anterior, quando 180 trabalhadores piauienses foram encontrados em condições analógas à escravidão. Os dados foram divulgados às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que ocorre neste domingo (28).
Os resgates dos trabalhadores que são submetidos a condições degradantes e jornadas exaustivas é realizado pelas equipes do Grupo Móvel de Fiscalização, composto pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e outras instituições, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal.
A fim de reforçar o combate ao trabalho análogo à escravidão no Piauí, o Governo do Estado também atua, por meio do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo do Piauí, ligado à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), que está intensificando ações para garantir o bem-estar dos trabalhadores.
Tanto que no próximo dia 30 de janeiro será lançado o Plano de Erradicação do Aliciamento e de Prevenção ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas no Piauí, que tem como meta trabalhar medidas preventivas, repressivas, de políticas públicas e ações interestaduais de combate ao trabalho escravo.
Segundo a coordenadora de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Superintendência de Igualdade Racial e dos Povos originários da Sasc, Ana Cristina Martins, a secretaria ainda realiza treinamentos de prevenção ao trabalho escravo nos municípios. "A Sasc tem criado redes de atendimento às pessoas vítimas de trabalho análogo à escravidão, de modo que são realizados atendimentos diretos aos trabalhadores e suas famílias atingidos por esta grave violação, bem como é feito o direcionamento à programas sociais e de qualificação profissional", destaca a coordenadora.