Iniciada no último dia 22, agenda foi concluída com reunião destinada aos produtores de soja sobre importância do vazio sanitário
O Governo do Amazonas, por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf), encerrou, na semana passada, uma série de atividades voltadas à defesa vegetal, no município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus).
Durante a agenda, realizada de 22 a 26 de março, servidores da Gerência de Defesa Vegetal (GDV) cadastraram propriedades envolvidas no cultivo de soja, orientaram os produtores sobre a importância e obrigatoriedade do cumprimento do vazio sanitário, capacitaram e supervisionaram os trabalhos realizados na Barreira de Vigilância Agropecuária (BVA) e da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav).
Dentre as ações desenvolvidas no município pelos engenheiros agrônomos da Adaf, Sivandro Campos e Cláudio Magalhães, em parceria com os servidores da Unidade Local, esteve ainda uma roda de conversa com alunos do curso de Agronomia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do campus Humaitá, sobre o papel do profissional dessa área.
“Esperamos que esses futuros profissionais, após esse primeiro contato, possam olhar a defesa agropecuária como um caminho, dentro ou fora dos órgãos públicos, e que despertem o interesse por essa área tão importante para o nosso país”, disse Cláudio.
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Para reforçar os procedimentos junto aos fiscais, técnicos e auxiliares agropecuários, os servidores da Adaf participaram de um treinamento de nivelamento ministrado por Sivandro, na Escola Municipal Álvaro Maia. O tema da capacitação teórica e prática foi o trânsito interestadual de vegetais e suas partes.
“Esperamos que, após esse repasse de informações e orientações, os nossos colegas que estão na ponta, executando as atividades de defesa vegetal tanto nas propriedades rurais quanto nas barreiras, venham desenvolver as ações e atividades de levantamentos fitossanitários e fiscalização do trânsito interestadual com maior segurança dos procedimentos a serem adotados e também a suas bases legais”, afirmou Sivandro.
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Na oportunidade, Claudio repassou aos servidores os aspectos necessários para o atendimento aos programas nacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre eles o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e os referentes às Pragas Quarentenárias Presentes, com ênfase nas pragas da Amaranthus palmeri, Cancro cítrico, HLB e Pinta Preta dos citros.
Previsto para ocorrer no Amazonas no período de 15 de junho a 15 setembro, conforme portaria publicada pelo Mapa, o vazio sanitário da soja foi tema de uma reunião com produtores locais. De forma técnica e didática, caraterísticas da Educação Sanitária, uma palestra esclareceu dúvidas dos agricultores sobre o período de 90 dias em que ficam proibidos o plantio e o armazenamento de grãos.
“Os produtores presentes reafirmaram sua parceria conosco e, a princípio, os prazos citados se mostraram com impacto reduzido quanto ao seu planejamento. Buscamos mostrar que a Adaf está aberta também às suas demandas e planejamento, pois somente dessa forma poderemos construir a proteção do patrimônio vegetal de forma eficaz, com um calendário que atenda a legislação e aos produtores da melhor forma”, concluiu Claudio.
Para o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, a capacitação dos servidores da autarquia e o repasse de informações aos agricultores sobre aspectos tão importantes para uma efetiva Defesa Sanitária Vegetal refletem o compromisso da Adaf e do Governo do Amazonas com a sanidade e qualidade dos alimentos produzidos no Estado.
“Quando a Adaf leva conhecimento aos servidores que atuam na ponta da defesa agropecuária e florestal e fomenta a educação sanitária do produtor, ela não só reforça o papel do Governo do Estado de garantir um produto seguro na mesa do consumidor como oportuniza a multiplicação desse conhecimento”, destacou o gestor.