Especiais Dignidade
ESPECIAL DIRETO DA NAVE DIGNIDADE.
59 ANOS? De que?
25/12/2023 18h04
Por: Colunista Fonte: JMPCP*
Foto: Capa do livro / Árvore Genealógica / JMPCP

Em O5 de dezembro de 1964 estava me formando em Direito. Todo o Fórum Rui Barbosa, estava lotado. As ruas das redondezas. Os corredores do belo “arte decor” prédio. Rui Barbosa no seu devido lugar sepultado com chamas permanentes. O salão do TJBA absolutamente cheio. Foi a mais notável formatura que se sabia, até então e muitos anos depois. A Bahia estava ali. Jornais, rádios e televisões, muitos jornalistas e fotógrafos. 

Foram dois convites-catálogos homenageando os professores, os servidores, a nós os formandos. Um de veludo com letras doiradas e outro de linho com letras doiradas. Todos impecavelmente vestidos e com toga. Nossa formatura foi com toga. As famílias ali alegres. Seus filhos e filhas venceram uma etapa dura. Ali, em 05.12.1964, recebia o diploma e o anel posto no polegar pelo Diretor, Professor Manuel Ribeiro (pai do escritor Ubaldo Ribeiro), Mestre em Direito Administrativo. Todos os nossos Mestres presentes e alegres. Que beleza de TURMA, todos aptos a trabalhar o Direito no sonho da Justiça social.  

Em dezembro, mais empolgação, pois dia 19.12.1964 nós, Noelice e eu, casávamos na histórica Igreja da Vitória pelo Reitor da PUC, nosso grande amigo Monsenhor Eugênio Veiga. Ali estava parte desta Bahia. Basta dizer que foram nossos padrinhos o Magnífico Reitor da UFBA, Professor Albérico Fraga e esposa, Zitelmann de Oliva e esposa, nossas famílias, Professores Eméritos Valdir Freitas Oliveira e esposa, Vivaldo Costa Lima, Guilherme de Sousa Castro, Professor Dr. José Luís de Carvalho Filho, OS COSTA PINTO, NASCIMENTO, AFRÂNIO PEIXOTO, Wilberguer, Catharino, Tourinho Dantas, Marta Rocha com o irmão Hans Rocha, Peçanha Martins. 

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A Bahia estava ali, jornalistas, colegas, cineastas e fotógrafos, artistas, Artistas Plásticos notáveis daqui e fora, amigos, colegas de juventude e de futebol. Operários, trabalhadores como nosso cabeleireiro Lourival, o carteiro Waldemar, empregadas caseiras da época que não volta mais. 19 de dezembro de 1964, ano de muita prisão no Brasil, exílios, mudanças estruturais e nós tínhamos uma enorme responsabilidade, maior ainda, agora formados e casados. E a luta foi árdua, luta bonita, luta pela DIGNIDADE DO SER HUMANO.  

Em, hoje, 19.12.2023, 59 anos depois, estamos firmes para alongarmos nossas vidas acreditando, com muito mais experiências, que valeu a pena. VENCEMOS.  Se tivermos um inimigo, que não cremos, é um pobre diabo que não enxerga um palmo diante do nariz. 

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Assim, cumprimos sem espalhafates, com honestidade, simplesmente o que é natural, normal. Até agora valeu esta vida que mestres nos ensinou: basta ser o indivíduo na História. Por quê? História é Memória.

Noelice e José Mário Peixoto Costa Pinto.//

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