Realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, a COP 28, sigla para Conferência dos Partes (do inglês,Conference of the Parties), inicia-se nesta quinta-feira, 30, e segue até dia 12 de dezembro. O Estado do Acre chega “de cabeça erguida” à reunião, apresentando uma redução de mais de 70% nos alertas de desmatamento, emitidos de janeiro a outubro de 2023, se comparado com o mesmo período do ano passado.
Os dados, analisados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), são baseados no sistema de alertas Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o estudo, o Acre teve em 2023 uma área de 141,03 km² de alertas de desmatamento, sendo que em 2022 havia sido 490,56 km², os dados mostram uma redução de 71%. Os números são comparativos a dez meses – período de 1º de janeiro a 31 de outubro.
Também houve redução no mês de outubro. De 1º a 31 deste ano o estado teve uma área de 34,24 km² desmatada, sendo em 2022 havia sido 64 km², uma redução de 47%.
O governador Gladson Cameli destaca que o governo do Acre tem se mostrado cada vez mais atuante na defesa do meio ambiente e das políticas climáticas. “A COP 28 é uma grande oportunidade para apresentar os resultados que o Acre tem alcançado durante a nossa gestão, uma redução de mais de 50% nos focos de queimadas e mais de 70% nos alertas de desmatamento”, afirma.
A secretária de Meio Ambiente, Julie Messias, ressalta que os resultados positivos são decorrentes da união e esforço integrado entre os órgãos de comando e controle ambiental, assim como o apoio da sociedade. A gestora falou ainda que poder chegar à COP28 e levar resultados positivos de um trabalho em equipe é gratificante.
“Estamos com dados positivos desde o início do ano e foi isso que o nosso governador pediu quando assumimos, uma mudança de estratégia, que pudesse levar a resultados positivos. Isso é consequência da integração entre os órgãos que fazem parte da agenda ambiental. É preciso lembrar que o trabalho continua, pois ainda estamos passando por um período crítico de seca. A atuação conjunta dos órgãos e sensibilização sociedade são importantes para que as ações avancem ainda mais”, acrescentou.
A Sema e instituições como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Secretaria de Segurança Pública (Sejusp), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Corpo de Bombeiros, Secretaria de Planejamento, Casa Civil e outros coordenam os instrumentos de comando e controle ambiental, que regulam, controlam e fiscalizam os agentes poluidores e são aliados no combate às queimadas.
Essa atuação também é coordenada com órgãos federais, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O Acre reduziu em 41% o número de focos de queimadas em dez meses, de janeiro a outubro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Cigma, em dados baseados no Programa Queimadas (BDQueimadas), do Inpe.
O estudo mostra que, de 1º de janeiro a 31 de outubro de 2022, o número de focos de queimadas havia sido de 10.908; já em 2023, no mesmo período analisado, foram 6.398 focos.