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Produtores de gado comemoram aumento da produção em 2022
Fazendeiros e profissionais destacam manejo racional e outras técnicas para crescimento da produção ligada ao gado bovino
30/11/2023 09h46
Por: Fábio Costa Pinto Fonte: Agência Dino

Segundo Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo IBGE, o rebanho bovino brasileiro é composto por cerca de 218 milhões de cabeças, distribuídas em 160 milhões de hectares. A busca do setor passa por alguns objetivos: implementar novas tecnologias; diminuir os impactos ambientais da pecuária no planeta; aumentar a produtividade (e os lucros) e garantir um trato mais humanizado com o rebanho. Essa matemática, para os fazendeiros do sul do país, vem tendo, felizmente, resultados positivos.

Sinônimo de produtividade de leite, o município de Castro (PR) encabeça a lista com 426,6 milhões de litros produzidos em 2022. Esse é só um exemplo de bom manejo do gado que o Paraná mostra para o país. Já o estado do Mato Grosso é o maior estado produtor de forma geral, com 34,2 milhões de cabeças

Dono de uma fazenda de mais de 170 hectares, o pecuarista, zootecnista e empresário agrícola Ervin Krauspenhar Neto enumera os principais motivos para que os fazendeiros do sul do país ganhem destaque nacional no trato com o gado e em sua produtividade:

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- Eficiência reprodutiva: está ligado à taxa de prenhez do rebanho. Aqui, dois itens compõem essa taxa. Aumento da taxa de inseminação e  de concepção das fêmeas do rebanho brasileiro;

- Qualidade do animal: Deve ser observado as qualidades fenotípicas do animal ,marmoreio, dorso longo, volume de costela, pescoço longo e boa pelagem;

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- Sustentabilidade da fazenda: fazendas que geram menos impacto ambiental, que promovem iniciativas sustentáveis, menos utilização de recursos como água e matéria prima, além de cuidado com a destinação do lixo e iniciativas de reciclagem e reutilização de dejetos provenientes do trato animal;

- Manejo racional: cuida não somente do bem-estar fisiológico do animal, mas também da parte comportamental e da qualidade de vida dele durante todo o processo. Manejo esse que tem mostrado grande impacto na melhora do rebanho e também redução de gastos com funcionários, instalações, perdas por contusões nos animais, etc.

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Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), em 2022, os produtos de origem animal, como leite de vaca, ovos de galinha e mel de abelha ajudaram a pecuária brasileira a atingir recordes no ano passado. O valor total da produção, que inclui ainda itens como ovos de codorna, lã, casulos de bicho-da-seda, camarão e peixes, foi de R$ 116,3 bilhões, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior.

Para Ervin, o crescimento que diz respeito ao número de cabeças de gado – ano passado, eram mais de 230 milhões – está umbilicalmente ligado à evolução tecnológica das fazendas. “Esse crescimento foi possibilitado por fatores como o aumento do ganho de peso dos animais, a queda na taxa de mortalidade (devido à melhora na sanidade animal), aumento na taxa de natalidade (seleção de fêmeas), redução na idade de abate e a melhoria nos índices de desfrute do rebanho, além da adoção de tecnologias em alimentação, genética (cruzamento de animais selecionados), manejo e saúde animal”, explica o pecuarista.

O empresário também pontua que, não basta somente aumentar o número de cabeças, mas também melhorar a qualidade do animal devido à grande concorrência interna e com o mercado internacional. “A raça dos animais aptos a cada região (temperatura, tipo de pastagens, topografia do terreno) a idade, o tamanho corporal, a qualidade da alimentação fornecida (alimentação balanceada) e o sistema de produção têm grande influência na qualidade da carne”, finaliza Ervin.